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22/02/2003
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03h57
Colegas na ficção científica, o polonês Stanislaw Lem e o norte-americano Philip K. Dick protagonizaram uma história das mais curiosas durante a Guerra Fria.
K. Dick (1928-1982), escritor de livros que também viraram filmes ("Blade Runner" e "Minority Report"), sofria de esquizofrenia, o mesmo problema do matemático John Nash, retratado em "Uma Mente Brilhante". Sentia-se perseguido, ameaçado e vigiado.
Em 1972, quando os dois eram membros da sociedade Escritores de Ficção Científica da América (SFWA), Lem intermediou a tradução de um livro de K. Dick na Polônia. O americano não foi pago e entendeu que tudo fazia parte de um grande complô.
Em 2 de setembro de 1974, K. Dick escreveu uma carta ao FBI acusando Lem de chefiar um comando de comunistas na SFWA. A idéia do grupo seria propagar o comunismo usando códigos especiais nos textos. "Eu me recusei", escreveu K. Dick.
E continuou o raciocínio: "Lem, provavelmente, é mais o nome de um comitê do que de um único indivíduo, pois ele escreve em estilos variados e às vezes lê línguas estrangeiras, mas às vezes não".
Do episódio sobrou a piada de que Lem não existe: quem escreve seus livros seria um supercomputador russo chamado Lunar Excursion Module (L.E.M.), programado para pintar de vermelho as cabeças dos leitores.
"Complô" gera piada sobre Stanislaw Lem
da Folha de S.PauloColegas na ficção científica, o polonês Stanislaw Lem e o norte-americano Philip K. Dick protagonizaram uma história das mais curiosas durante a Guerra Fria.
K. Dick (1928-1982), escritor de livros que também viraram filmes ("Blade Runner" e "Minority Report"), sofria de esquizofrenia, o mesmo problema do matemático John Nash, retratado em "Uma Mente Brilhante". Sentia-se perseguido, ameaçado e vigiado.
Em 1972, quando os dois eram membros da sociedade Escritores de Ficção Científica da América (SFWA), Lem intermediou a tradução de um livro de K. Dick na Polônia. O americano não foi pago e entendeu que tudo fazia parte de um grande complô.
Em 2 de setembro de 1974, K. Dick escreveu uma carta ao FBI acusando Lem de chefiar um comando de comunistas na SFWA. A idéia do grupo seria propagar o comunismo usando códigos especiais nos textos. "Eu me recusei", escreveu K. Dick.
E continuou o raciocínio: "Lem, provavelmente, é mais o nome de um comitê do que de um único indivíduo, pois ele escreve em estilos variados e às vezes lê línguas estrangeiras, mas às vezes não".
Do episódio sobrou a piada de que Lem não existe: quem escreve seus livros seria um supercomputador russo chamado Lunar Excursion Module (L.E.M.), programado para pintar de vermelho as cabeças dos leitores.
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