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23/02/2003 - 03h17

"Turma do Gueto" terá mais ação e menos negros

RODRIGO RAINHO
da Folha de S.Paulo

Reformulado e com o elenco reduzido, entra no ar amanhã, às 22h30, a nova temporada de "Turma do Gueto". "A primeira fase não foi aquilo que a Record queria. Para o horário nobre, a emissora pede mais ação e violência, não uma novelinha", diz Pedro Siaretta, diretor do seriado. "Teremos uma turma diferente de atores. A presença de negros continua a mesma, protagonizando, e não apenas em papéis de marginais", afirma ele.

Entre os novos personagens, estão a diretora da escola pública Quilombo, que agora é Simone (Paula Melissa, ex-"Escolinha do Barulho"), e Nenê (Alexandre Frota), rival de Jamanta (Nill Marcondes), vilão da primeira temporada.

"Ele é agressivo e calculista, não mede consequências, vai alterar a adrenalina da história", diz Frota sobre seu personagem, responsável pela introdução da guerra do tráfico em "Turma do Gueto".

Os episódios passam a ser independentes -cada história é concluída na noite da exibição. "O elenco está mais equilibrado, formado por negros e brancos, mas a proposta de mostrar a periferia continua", diz a roteirista Vivian de Oliveira.

"Queremos linguagem de seriado, por isso muitos atores saíram", afirma ela.

O enxugamento do elenco deve-se, também, a uma redução de custos. Os atores que tiveram seus contratos renovados amargaram uma redução média de 50% nos vencimentos. Moradores de Capão Redondo, na periferia paulistana, não participam mais.

Laura Malin, autora da primeira temporada, diz que "Turma do Gueto" foi desfigurada. "Lastimo a perda de um espaço tão batalhado para os negros. A presença deles foi diminuída", afirma.

Na primeira temporada, o seriado da produtora Casablanca, que vende cada episódio por R$ 80 mil à Record, teve um elenco de 39 atores, cerca de 80% deles negros. A segunda terá 20 atores, dos quais 12 são negros (60%).
 

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