Rato cozinheiro protagoniza "Ratatouille", nova animação da Pixar

Desde que a Pixar fez seu primeiro longa, "Toy Story", em 1995, tornaram-se comuns os comentários sobre como a produtora se aproxima da perfeição a cada nova obra. Prova disso é "Ratatouille", animação do estúdio que chega nesta sexta (dia 6) aos cinemas e continua a impressionar por suas cores e texturas --a reprodução dos esgotos de Paris só não é mais comovente do que as tomadas da cidade, cenário do longa.

Depois de peixes ("Procurando Nemo") e carros de corrida ("Carros"), os protagonistas da nova trama são ratos, mais especificamente Remy. Inconformado em comer lixo, como toda a sua colônia, o simpático roedor tem um talento especial para misturar temperos e criar novos pratos.

Após algumas confusões, Remy aporta na capital francesa, justamente em frente ao seu restaurante preferido, que está em decadência. Lá, o ratinho encontra um jovem ajudante de cozinha, que sonha em se tornar chef, mas não tem talento. O encontro junta a fome com a vontade de comer.

"Ratatouille" ficou anos cozinhando em banho-maria na Pixar. Só depois de Brad Bird ("Os Incríveis") assumir o projeto, o filme ficou no ponto. Na hierarquia de valores do estúdio, a animação não é tão bem resolvida quanto "Os Incríveis" ou "Procurando Nemo", mas supera "Carros" ou "Vida de Inseto" --e, na batalha doméstica com a DreamWorks, bate "Shrek Terceiro" com sobras.

O elenco de vozes costuma dar um toque especial às grandes produções animadas. A versão com legendas traz atores como Ian Holm, Peter O'Toole, Lou Romano e Janeane Garofalo. Os dois últimos são substituídos por Thiago Fragoso e Samara Felippo na dublagem brasileira.