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26/02/2003 - 03h28

Para Harris, "As Horas" é sobre o seu personagem

FABIO CYPRIANO
Enviado especial da Folha de S.Paulo a Berlim

"As Horas" é um filme essencialmente feminino. Suas três atrizes principais, Meryl Streep, Nicole Kidman e Julianne Moore dominam, de fato, a cena -tanto que compartilharam o Urso de melhor atriz no último Festival de Berlim.

Entretanto tal presença feminina perde espaço quando um homem entra em cartaz. Ele é Ed Harris, 52, que, em "As Horas", interpreta o escritor Richard Brown, melhor amigo de Clarissa Vaughan (Streep).

As cenas da dupla Harris e Streep são curtas e decisivas -afinal é ele quem se torna o elo entre as três mulheres.

A atuação do ator rendeu-lhe uma indicação para o Oscar de papel coadjuvante, a segunda em sua carreira.

"Criei o Richard a partir da lembrança de amigos -e foram muitos- que morreram em decorrência da Aids. É também uma homenagem a eles", disse Harris em entrevista à Folha em Berlim, pouco antes da exibição de "As Horas", na mostra competitiva do festival.

Apesar das poucas cenas em que aparece -foram apenas cinco dias de filmagens- o personagem Richard é, em "As Horas", determinante para a construção da trama e, por isso, a atuação de Harris ganha tamanha importância no filme.

"Muita gente diz que esse é um filme sobre mulheres, mas eu não compartilho dessa opinião. Para mim, o filme é sobre Richard. Além do mais, como ator, não penso que estou em uma cena por causa de outro personagem, mas por conta do meu. É assim a minha forma de atuação", disse o ator de olhos azuis.

Harris é um dos nomes mais versáteis de Hollywood hoje. Além de ter dirigido e atuado em "Pollock", filme que lhe rendeu uma indicação para o Oscar de papel principal, em 2000, ele entra em cartaz no próximo mês, nos EUA, com "Buffalo Soldiers", de Gregor Jordan.

O filme é umas das mais faladas produções dos últimos tempos, por seu caráter antipatriótico, justamente num momento em que o nacionalismo está em alta na terra do presidente George W. Bush.

"Buffalo Soldiers" trata de soldados norte-americanos corruptos numa base alemã e já teve sua estréia prorrogada várias vezes. "Eu não acho que tenha havido censura, mas teria sido ridículo lançá-lo logo após 11 de setembro. Ainda acho difícil de assisti-lo hoje. Não é um filme anti-América, mas um retrato delicado sobre o que se passa com suas tropas no exterior", disse Harris.


Especial
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