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28/02/2003 - 06h36

Roberto Carlos cai do patamar de 1 milhão de cópias vendidas

PEDRO ALEXANDRE SANCHES
da Folha de S.Paulo

Fato histórico: pela primeira vez em mais de duas décadas, a Sony admite a queda de Roberto Carlos do patamar de 1 milhão de cópias vendidas por título lançado. "Roberto está com 750 mil CDs vendidos no Natal", diz o novo vice-presidente da casa, Alexandre Schiavo. Mas até agora a Associação Brasileira dos Produtores de Discos só emitiu certificado de disco duplo de platina -500 mil cópias.

Schiavo é evasivo em esclarecer se fala de CDs comprados pelo consumidor final ou remetidos pela fábrica às lojas: "É a venda média dele em todo Natal. Não há ainda um levantamento final do primeiro trimestre de vendas. Mas não existe questão de devolução".

A estratégia de considerar discos adquiridos pelas lojas como "vendidos" inflou vendagens nos últimos anos e chegou a render discos falsos de platina, como no caso de Supla, em 2002.

Encalhados, os discos podem ser devolvidos (como aconteceu com Supla) ou renegociados, permanecendo parados nas prateleiras, como costuma acontecer com Roberto Carlos.

Na semana passada, o presidente da Sony, José Antonio Eboli, foi destituído e substituído pelo norte-americano Millard Engleka, que vem da área de finanças em Nova York e na Austrália. A Sony nega relação com o caso Roberto Carlos. Engleka, que não fala português, centrará foco em finanças, enquanto Schiavo, vindo do setor de marketing, passa a responder também pela área artística.

O NÃO-LANÇAMENTO

Em 1972, o produtor Nelson Motta reuniu boa parte do riquíssimo elenco da Philips para um disco especial de Carnaval. Um dos objetivos era fazer festa na contracorrente do pesado clima político de então. "Carnaval Chegou!" surgiu então, feito de músicas especialmente compostas e/ou interpretadas por Nara Leão, Caetano Veloso, Chico Buarque, Jorge Ben, Marcos Valle, Gilberto Gil, Wilson Simonal, Jair Rodrigues, Gal Costa, Raul Seixas, Wanderléa, Fagner, Ivan Lins, Sérgio Sampaio, Quinteto Violado, MPB-4, O Terço, o trio Sá, Rodrix & Guarabyra, Paulo César Pinheiro, Claudia Regina etc. A Universal, dona do tesouro, nunca relançou.

ABPD SEM PRESIDENTE

De saída da Sony, José Antonio Eboli abandona também o posto de presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Discos, para a qual fora nomeado havia menos de um mês. A ABPD afirma que só define a substituição após o Carnaval.

EX-ABRIL ABRIGADOS

Encaminha-se a situação dos órfãos da Abril Music. Marcos Maynard, presidente da gravadora que fecha hoje suas portas, diz que intermediou a transferência dos contratos de Titãs, Capital Inicial, Los Hermanos, Maurício Manieri, Harmonia do Samba, Bruno & Marrone e Adryana & A Rapaziada para a BMG, que confirma a transação. Marina Lima, por sua vez, já está contratada pela EMI, por onde gravará seu "Acústico MTV".

UNIVERSAL SEM PRESIDENTE

Indefinido segue também o substituto de Marcelo Castello Branco na presidência da Universal. O nome mais cotado era o de Luiz Oscar Niemeyer, mas ele afirma à Folha que encerrou as negociações e permanecerá na BMG. A alta multa de rescisão seria um dos motivos.


 

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