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19/03/2003 - 05h07

Crise com patrocínio enfraquece grade oficial em Curitiba

da Folha de S.Paulo

Dificuldades na captação de patrocínio atrasaram em algumas semanas a composição da grade de espetáculos para a Mostra Oficial deste ano, mais do que nas edições anteriores, afirma o diretor-geral do FTC, Victor Aronis.

"Definir as peças mais tarde é sempre um prejuízo", diz Aronis, 41. Ele credita os problemas à transição política e consequente indefinição da economia entre o final do ano e o início deste. O governo do Paraná, por exemplo, um parceiro recorrente, não destinou verba para o festival deste ano, orçado em R$ 1,7 milhão.

O mesmo cenário, diz Aronis, teria reduzido a demanda de produções prontas para se apresentar em Curitiba. Das 18 montagens da Mostra Oficial, seis fazem estréia nacional.

Como ocorre desde o início do festival, em 1992, a abertura está programada para o teatro Ópera de Arame, amanhã à noite. Ficará a cargo da Fraternal Cia. de Arte e Malas-Artes (SP), com a comédia "Auto da Paixão e da Alegria".

O espetáculo estava em temporada paulistana desde agosto do ano passado. Com texto de Luís Alberto de Abreu e encenação de Ednaldo Freire, trata-se do oitavo projeto da Fraternal dedicado à investigação da comédia popular brasileira, que passa pelos arquétipos da commedia dell'arte, circo, teatro de revista e manifestações dramáticas do folclore.

Tudo desemboca na constituição de uma estética própria, sem excessos cenográficos e em favor de uma interpretação épica. Eis o principal desafio que a Fraternal encontrará no palco do Ópera de Arame, cujas dimensões, o fosso da orquestra e falta de acústica impedem comunicação plena com a platéia.

Recentemente, os quatro intérpretes de "Auto da Paixão e da Alegria", Aiman Hammoud, Edgar Campos, Mirtes Nogueira e Luti Angelelli, se deram bem numa apresentação no "gigante" Teatro Municipal de São Paulo.

A peça narra as aventuras de quatro saltimbancos encarregados de contar os acontecimentos bíblicos sob o viés popular.

"Confiamos que a estrutura épica narrativa do texto e a própria atuação dos atores vão dar conta do desafio", diz Freire, 52.

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