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28/03/2003 - 02h59

Crítica: Primeiro CD de Lanlan é sofisticado e objetivo

PEDRO ALEXANDRE SANCHES
da Folha de S. Paulo

Qualquer desconfiança prévia cai por terra já à primeira audição de "Com Ela", de Lanlan. Dona das mil e uma habilidades dos bons percussionistas, surpreende como cantora/autora ao elaborar uma original combinação entre o que se chama comumente de "pop" e de "arte".

Lanlan sabe dosar sofisticação musical e espírito pop, em rocks de letras e melodias simples, diretas, objetivas. É herdeira de Cássia, e, sem superá-la em densidade, parte de um ponto além daquele em que estava com Eller.

O modo solto como aborda sexualidade gay, afeto e cultura pop leva a MPB a patamar de ineditismo. Isso se comprova até musicalmente, por rocks-batuques ("100 Xurumela", "É Melhor") que peitam a tradição baiana, mas dispensando o dom abusivo de trios elétricos impositivos.

Frequenta o bom humor ("Bilhete", "Bicharada"), mas enfrenta a melancolia sem ranços de autopiedade. Tristeza serena adocica "Perdi Tudo", "Broto", "Com Ela" e a vinheta final de abandono e sedução ("Vai sair de fininho/ vai me deixar..."). Culmina em "Ela Me Falou", que, mesmo anterior à morte de Cássia, parece feita sob medida para lamentar o insondável.

Com Ela
Artista:
Lanlan
Lançamento: Maianga
Quanto: R$ 25, em média

Avaliação:
 

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