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08/04/2003
-
13h34
da Folha Online, em Brasília
Uma comissão de cantores, produtores e representantes de gravadoras pediu hoje ao presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), celeridade na aprovação do projeto de combate à pirataria, que está há mais de sete anos em tramitação no Congresso Nacional.
O projeto, enviado pelo governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, dobra as penas para pessoas envolvidas em pirataria. A punição mínima, que atualmente é de um ano, passa para dois anos, e a pena máxima passa de dois para quatro anos de detenção.
Em meio à tietagem dos funcionários do Congresso e da segurança além do necessário, os cantores Alcione, Gabriel Pensador, Leonardo, Xandy, Martinho da Vila, Gian e Giovanni e Toni Garrido relataram a Sarney os impactos da pirataria de CDs no setor.
"O governo está lutando para recuperar a economia, mas sofre com o desemprego e a redução do pagamento dos impostos em função da pirataria", afirmou Gabriel Pensador. "A pirataria é muito grande nos discos. Se isso continuar, teremos um país de mentira."
Pelos dados apresentados pelos artistas, apenas neste ano, o setor já demitiu 10% de seus funcionários. No ano passado, pelo mesmo motivo, o desemprego atingiu 56 mil pessoas da indústria de CDs. Outro número apresentado é a estimativa da queda da arrecadação dos impostos no setor: 50% de acordo com os artistas.
"Estamos gritando por algo que para nós é um desastre", disse Garrido. "A pirataria dá uma rasteira nos artistas brasileiros", afirmou Alcione, que se sentou ao lado de Sarney e lhe presenteou com seu CD. "Todo mundo vê esse crime e ninguém faz nada", afirmou Leonardo.
Bem humorado, o senador garantiu que tentará, junto com as lideranças da Casa, acelerar a votação desse projeto, que agora está parado na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça). "A vinda de vocês nos motiva. Vamos conversar com os líderes para dar urgência ao projeto", disse Sarney.
Na saída do gabinete, gritaria, pedidos de fotos e autógrafos. Nem todos os pedidos foram atendidos, porque os artistas participam ainda hoje de audiência conjunta nas comissões de Trabalho e Ciência e Tecnologia da Câmara dos Deputados.
Cantores pedem a Sarney combate à pirataria de CDs
FELIPE FREIREda Folha Online, em Brasília
Uma comissão de cantores, produtores e representantes de gravadoras pediu hoje ao presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), celeridade na aprovação do projeto de combate à pirataria, que está há mais de sete anos em tramitação no Congresso Nacional.
O projeto, enviado pelo governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, dobra as penas para pessoas envolvidas em pirataria. A punição mínima, que atualmente é de um ano, passa para dois anos, e a pena máxima passa de dois para quatro anos de detenção.
Em meio à tietagem dos funcionários do Congresso e da segurança além do necessário, os cantores Alcione, Gabriel Pensador, Leonardo, Xandy, Martinho da Vila, Gian e Giovanni e Toni Garrido relataram a Sarney os impactos da pirataria de CDs no setor.
"O governo está lutando para recuperar a economia, mas sofre com o desemprego e a redução do pagamento dos impostos em função da pirataria", afirmou Gabriel Pensador. "A pirataria é muito grande nos discos. Se isso continuar, teremos um país de mentira."
Pelos dados apresentados pelos artistas, apenas neste ano, o setor já demitiu 10% de seus funcionários. No ano passado, pelo mesmo motivo, o desemprego atingiu 56 mil pessoas da indústria de CDs. Outro número apresentado é a estimativa da queda da arrecadação dos impostos no setor: 50% de acordo com os artistas.
"Estamos gritando por algo que para nós é um desastre", disse Garrido. "A pirataria dá uma rasteira nos artistas brasileiros", afirmou Alcione, que se sentou ao lado de Sarney e lhe presenteou com seu CD. "Todo mundo vê esse crime e ninguém faz nada", afirmou Leonardo.
Bem humorado, o senador garantiu que tentará, junto com as lideranças da Casa, acelerar a votação desse projeto, que agora está parado na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça). "A vinda de vocês nos motiva. Vamos conversar com os líderes para dar urgência ao projeto", disse Sarney.
Na saída do gabinete, gritaria, pedidos de fotos e autógrafos. Nem todos os pedidos foram atendidos, porque os artistas participam ainda hoje de audiência conjunta nas comissões de Trabalho e Ciência e Tecnologia da Câmara dos Deputados.
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