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17/08/2000 - 12h38

"Aquarela do Brasil" mistura "Terra Nostra" e "Chiquinha Gonzaga" para mostrar anos 40

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da Folha Online

Os ingredientes para uma boa trama estão todos lá: espionagem, um triângulo amoroso, a guerra e seus refugiados, o Rio de Janeiro dos anos 40 e a ascensão de uma cantora de rádio. Com esses elementos, estréia na próxima terça-feira (22), a nova minissérie da Rede Globo, "Aquarela do Brasil".

Escrita por Lauro César Muniz, a minissérie (com previsão inicial de 68 capítulos) é dirigida por Jayme Monjardim em parceria com Carlos Magalhães e Marcelo Travesso.

Repetindo os rostos bonitos de "Terra Nostra", a minissérie traz como protagonistas Maria Fernanda Cândido, Edson Celulari e Thiago Lacerda.

Além disso, "Aquarela do Brasil" também vem na esteira do sucesso de "Chiquinha Gonzaga" (1999), outra minissérie que conta uma parte da história da música no Brasil e isso não é mera coincidência.

"Logo após o término de Chiquinha, Jayme e eu nos prometemos fazer uma trilogia da música popular brasileira e Aquarela do Brasil é parte desta história. Já mostramos, com a primeira minissérie, o surgimento de uma música tipicamente nossa, agora, mostraremos a época áurea do rádio e depois, bom depois, veremos", diz Lauro César Muniz.

O autor define "Aquarela do Brasil" como uma "história romântica, que mostra o surgimento de uma nova cantora, apresenta um painel da música popular brasileira na época de ouro do rádio e mostra também a participação do Brasil na 2ª Guerra Mundial e a situação política brasileira no período, sem deixar de falar sobre a vida das pessoas comuns no Rio de Janeiro na década de 40."

Além da equipe de produção , que é a mesma de "Chiquinha Gonzaga" e "Terra Nostra", as semelhanças com as duas produções anteriores são muitas.

A exemplo de "Terra Nostra" , imagens reais, de documentários de época, serão inseridas na história ficcional com o objetivo de ilustrar os fatos marcantes do período. O diretor Jayme Monjardim explica, no entanto, que isso será feito de forma diversa do que aconteceu na novela. "Ao contrário do que fizemos em Terra Nostra, as imagens de época em Aquarela farão parte da história que estamos contando".

Seguindo os passos do que foi realizado em "Chiquinha Gonzaga", onde Jayme encerrava cada capítulo com uma música da cantora, interpretada por diferentes músicos, no final de cada apresentação de Aquarela do Brasil, vai ao ar um minuto diário com as notícias mais importantes do momento histórico que está sendo retratado na trama.

Trama

A história começa a ser desenvolvida em 1943, ano em que o país se mobiliza para enviar tropas para Europa, e deve finalizar em 1950, no dia em que a televisão foi inaugurada, fato que modificou a vida dos brasileiros e, em especial, a das pessoas que trabalhavam no rádio.

Como ponto de partida para desenvolver a trama, Lauro escolheu uma cidade vizinha à Volta Redonda .

A minissérie começa quando Isa Galvão (Maria Fernanda Cândido), que vive em uma pequena cidade do interior do Rio, Roseiral, vizinha a Barra Mansa e Volta Redonda, resolve deixar a pequena cidade para aventurar-se no mundo da música e, ao mesmo tempo, tentar provar a inocência do tio, Felipe (Marco Ricca), que é preso sob acusação de participar da Ação Integralista e é transferido para uma prisão na capital.

No Rio, Isa conhecerá Mário (Thiago Lacerda), pianista da Rádio Carioca, que se apaixonará por ela e começará a ajudá-la em sua nova carreira. Porém, no início da história, Isa ficará dividida entre o músico e o Capitão Hélio (Edson Celulari), que conhecera em Roseiral e responsável pela prisão de seu tio.

O universo da 2ª Guerra permeará a trama. No começo, mostrando a preparação do Brasil para participar da mesma e, por volta do capítulo 30, através dos personagens que seguirão junto com a Força Expedicionária Brasileira (FEB), para os campos de batalha da Itália.

A minissérie terá vários núcleos para retratar os diversos cenários do Rio nos anos 40.

Uma favela, um família judia, os bastidores de uma rádio, um clube noturno e uma pensão onde moram artistas em começo de carreira, servem de cenário para o desenvolvimento das várias histórias de "Aquarela do Brasil".

Os personagens

Isa Galvão (Maria Fernanda Cândido) - Filha de uma família modesta que sonha em tornar-se cantora de rádio. Conhece o Capitão Hélio por quem se sentirá atraída. Isaura desafia os padrões de sua família e vai para o Rio de Janeiro em busca de seu sonho. Lá conhecerá Mário, um pianista e compositor, com quem viverá uma história de amor.

Capitão Hélio (Edson Celulari) - Um militar íntegro e patriota, que não questiona os métodos da ditadura apesar de ter um forte senso de justiça. Cumpre seu dever com uma folha de serviços exemplar e é condecorado por bravura, ao retornar da 2ª Guerra. É apaixonado por Isa, com quem viverá um belo caso de amor.

Mário (Thiago Lacerda) - Pianista de muito talento, compositor romântico em início de carreira. Um rapaz muito charmoso, vive cercado por belas mulheres, mas apaixona-se por Isaura. Mantém uma misteriosa ligação com Tatiana, jovem de origem russa. Ativista político, participa de sociedades de amparo aos refugiados judeus. Defende o envio de tropas brasileiras para a guerra e depois, na paz, luta pelo fim da ditadura.

Felipe (Marco Ricca) - Tio de Isaura, já foi preso por militar na Ação Integralista e, por isso, tem dificuldades em conseguir um emprego e vive da boa vontade dos pais de Isa. Deflagra grande parte da ações que movem a vida de Isaura.

Glória (Nicette Bruno) - Mãe de Hélio, inteligente, refinada e sagaz. Uma mulher dedicada ao marido e ao filho. Gosta muito de Beatriz e acredita que ela seja a pessoa indicada para casar com Hélio. Quando conhece Isa, gosta dela, mas não admite que ela se lance na carreira artística.

Rodolfo (Claudio Marzo) - Pai de Hélio. Tem paixão pela carreira militar e projeta sua frustração de não ser um general, na carreira de seu filho. Na adversidade é o maior incentivador do filho.

Beatriz (Flávia Alessandra) - Noiva de Hélio. Uma mulher forte e decidida para os padrões de comportamento da época. Sofrerá muito quando descobrir que Hélio está apaixonado por outra mulher.

Armando (Odilon Wagner) - Dono da PRA-7, Rádio Carioca. Um dos pioneiros do rádio no Brasil. Homem dinâmico, inteligente, de formação simples que foi muito ajudado pela sua união com Dulce, de família muito rica. Por gratidão a ela, sustenta o casamento, apesar de ser apaixonado por Velma, uma ex-vedete. Mulherengo, não consegue ser fiel nem à esposa, nem à amante.

Dulce (Natália do Valle) - Esposa de Armando. Quis ser cantora e tentou impor ao marido sua carreira, sem sucesso. Culpa-o por isso e entrega-se a uma vida fútil. Prefere ignorar que o marido tem outras mulheres, mas consegue manter controle do casamento.

La Guardia (Paulo Goulart) - Animador de programa de auditório da Rádio Carioca. Muito popular e poderoso, sabe cortejar o governo e as autoridades. Bajula os poderosos e menospreza os humildes. Chega a denunciar colegas à polícia política. Cultiva uma amizade interesseira com Armando e é apaixonado por Dulce.

Velma (Ângela Vieira) - Amante de Armando há 15 anos. De origem muito modesta, fez da beleza sua arma: tornou-se corista do teatro de revista e chegou a ser a primeira vedete do Cassino da Urca. Trabalha como assistente de La Guardia, em seu programa de rádio. Será muito carinhosa com Isa, projeta-se na juventude dela, como se fosse sua mãe.

Garcia (Gracindo Junior) - Dono de um night club. Ex-combatente da Guerra Civil Espanhola, fugiu da ditadura de Franco. Homem forte, um tanto rude e muito íntegro. Corajoso, dá abrigo aos dissidentes da ditadura Vargas. Apaixonado por Velma mantém em segredo seu grande amor. Procura protegê-la de Armando e da bebida.

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