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21/04/2003 - 18h44

Carreira de Nina Simone é marcada pelo engajamento político

da Folha Online

Tendo como características de sua carreira o comprometimento político e sua constante luta contra o racismo, Nina Simone sempre representou um desafio para os críticos que tentaram rotulá-la. Ela misturava jazz, rock, pop, blues e soul, descobrindo cedo o talento para a música.

Nina Simone nasceu Eunice Kathleen Waymon no dia 21 de fevereiro de 1933 em Tryon, no Estado da Carolina do Norte, nos Estados Unidos. Sexta filha de uma família negra de oito irmãos, ela revelou seu talento musical precocemente, tocando piano e cantando no coral da igreja com suas irmãs. Em 1939, com seis anos, começou a estudar piano.

Em 1943, aos 10 anos de idade, fez seu primeiro recital de piano na biblioteca da cidade. Lá ouviu os primeiros aplausos de sua carreira e conheceu o racismo: durante o recital seus pais foram removidos da primeira fileira para acomodar espectadores brancos. O episódio se configurou em uma experiência traumática para ela e com ele nasceu seu compromisso com a luta pelos direitos civis da população negra.

A artista saiu da Carolina do Norte em 1950 para continuar seus estudos de música em Nova York.

Em 1954, quando a família se mudou para a Filadélfia, Nina conseguiu um emprego como pianista em um bar de Atlantic City. No mesmo ano adotou o nome artístico de Nina Simone: Nina, veio do nome de um animal de estimação dado por um namorado (niña) e Simone foi uma homenagem à atriz francesa Simone Signoret.

Na mesma época, prestou exame para uma bolsa no renomado Curtis Institute. Foi rejeitada, mais pela cor do que por uma possível falta de talento. Em 1957, ela conseguiu seu primeiro contrato com a Bethlehem Records. Começou então o desfile de sucessos _'I Love You Porgy'e 'He Needs Me'_ e versões definitivas como 'Don't Let Me Be Misunderstood'.

Em 1961 Nina se casou com Andy Stroud e, em 1962, nasceu sua filha Lisa Celeste Stroud.

Cansada de ser avaliada pela cor da pele, abandonou os EUA em 1969 e iniciou um roteiro itinerante que a levou de Barbados à França. Nove anos depois, ela foi presa por ter se negado a pagar impostos em protesto contra a Guerra do Vietnã. Em 1993 se mudou para a França, onde viveu até sua morte.

Ela esteve no Brasil em 1988 e em 1997.
 

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