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25/04/2003 - 14h17

Saiba como são os filmes brasileiros que estarão em Cannes

da Folha Online

A 56ª edição do Festival de Cinema de Cannes terá quatro produções brasileiras. O longa "Carandiru", de Hector Babenco, e o curta "A Janela Aberta", de de Philippe Barcinski, concorrem na mostra oficial do festival.

Os curtas "Castanho", de Eduardo Valente, e "História de Amor", de Julio Bressane, estão na Quinzena dos Realizadores do festival, que acontece entre os dias 14 e 25 de maio.

"Carandiru"

Adaptação do livro "Estação Carandiru", de Drauzio Varella, o filme de Hector Babenco traz a visão de um médico que frequentou a Casa de Detenção de São Paulo durante 12 anos consecutivos, com histórias sobre presos e, especialmente, com o massacre ocorrido em 1992 , que matou 111 presos.

As cenas externas de "Carandiru" foram filmadas no pavilhão 2 do presídio, que estava desativado, no Presídio do Hipódromo e na periferia de São Paulo.

A parte interna da Casa de Detenção foi reproduzida em cenários, nos estúdios Vera Cruz (São Bernardo do Campo), onde foram rodadas cenas do interior das celas, de corredores, das galerias, da enfermaria, do ambulatório, da capela e de um túnel usado para tentativas de fuga.

Estão em "Carandiru" os atores Luiz Carlos Vasconcelos, Floriano Peixoto, Ricardo Blat, Caio Blat, Enrique Diaz, Milton Gonçalves, Antonio Grassi, Milton Gonçalves, Maria Luisa Mendonça e Rodrigo Santoro.

O filme, que estreou neste mês foi visto por 1,3 milhão de espectadores em dez dias de exibição em 290 salas de todo o país.

"Janela Aberta"

De Philippe Barcinski, o filme trata do "transtorno obsessivo compulsivo", uma síndrome em que a pessoa é perseguida por pensamentos, dúvidas e suposições que a obriga a criar rituais para conviver com o problema.

A história começa como uma situação corriqueira: um homem, deitado na cama tenta se lembrar se fechou a janela da sala. Seguimos seu fluxo de pensamentos que nunca consegue chegar a uma conclusão.

O que começa leve, fazendo com que o espectador se identifique um pouco, logo se revela uma situação angustiada. Isso sem deixar de ter uma boa dose de humor.

O filme foi produzido pela O2 Filmes, de Fernando Meirelles, diretor de "Cidade de Deus".

"Castanho"

Definido pelo próprio diretor Eduardo Valente como um "quase musical", o filme não tem falas e a condução da narrativa é feita pela música da banda Los Hermanos.

Baseado em uma crônica de Mário Prata, "Castanho" conta a história da ligação de uma mulher com um gorila de pelúcia.

O filme tem duração de 10 minutos. Valente ganhou o prêmio Cinefondation do Festival de Cannes do ano passado por "Um Sol Alaranjado".

"Filme de Amor"

O filme de Julio Bressane terminou de ser rodado em agosto do ano passado e teve um orçamento de R$ 1,3 milhão. 37º da carreira de Bressane, o filme contextualiza e atualiza o mito da origem do sentimento amoroso

Rodado em três semanas em um casarão no bairro de Santa Tereza, no Rio, os ensaios com os atores Fernando Eiras, Bel Garcia e Josie Antello duraram quatro meses.

O filme é uma fábula popular, suburbana, de três pessoas comuns, de vida pobre e de cotidiano e existência miseráveis, que se encontram periodicamente em um cortiço no centro da cidade, nos fins de semana. Lá, com o estímulo da embriaguez, do prazer sexual e do espiritismo, eles revivem aspectos do mito das três graças.

As três graças são descritas pela mitologia grega como filhas de Zeus e Eurínome. Bressane tornou-se estudioso do mito a partir do final dos anos 80 e prefere a descrição do poeta Angelo Policiano, contemporâneo de Botticelli (1445-1510), na qual Tália, Eufrosina e Abigail (variação de Aglaia) representam a beleza, o prazer e o amor, e surgiram da emoção sentida por Vênus ao desembarcar numa ilha.

Com fotografia de Walter Carvalho, o filme tem produção do Grupo Novo de Cinema e apoio da Riofilme e Labocine.

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