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27/04/2003
-
10h15
especial para a Folha de S.Paulo
Quando eu era criança, via muito o Zé Bonitinho na televisão e adorava, achava genial, era louca por ele.
Eu o perdi de vista na adolescência, até que, um dia, fui a uma exposição do [artista plástico] Maurício Arraes, sobre personagens da cultura popular, e me encantei com um quadro em que está o Zé Bonitinho fazendo charme para uma moça -que digo que sou eu. Esse quadro está comigo há 20 anos.
Quando fui fazer a "Ópera Rock", com o Branco Melo, faltava um ator, uma pessoa que fosse surpreendente, maluca, estranha e genial, uma figura que tivesse muita força.
Depois de várias reuniões aqui em casa, o Branco olhou o quadro, que fica numa parede grande da sala, e sugeriu convidar o Loredo. Aceitei na hora.
Foi maravilhoso, e a peça virou uma homenagem: ele tem o topete do jeito que gosta, o casaco como pediu; nós perguntávamos a ele o quê ele queria, tudo era para agradar ao "seu" Jorge.
Ensaiamos por dois meses, às vezes até de madrugada, e ele estava sempre lá, no maior bom humor, com a maior classe, sentado no canto com seu cigarro e o cafezinho, elegantérrimo no blazer.
É um barato ficar ao lado dele; a conversa é maravilhosa. Todo o elenco se apaixonou por ele, dos atores às camareiras. É uma pessoa maravilhosa e merece ser capa de revista um milhão de vezes. É uma graça trabalhar com alguém que te ensina. O seu Jorge é o máximo.
Andréa Beltrão é atriz e produtora
"Seu Jorge é um professor", diz atriz Andréa Beltrão
ANDRÉA BELTRÃOespecial para a Folha de S.Paulo
Quando eu era criança, via muito o Zé Bonitinho na televisão e adorava, achava genial, era louca por ele.
Eu o perdi de vista na adolescência, até que, um dia, fui a uma exposição do [artista plástico] Maurício Arraes, sobre personagens da cultura popular, e me encantei com um quadro em que está o Zé Bonitinho fazendo charme para uma moça -que digo que sou eu. Esse quadro está comigo há 20 anos.
Quando fui fazer a "Ópera Rock", com o Branco Melo, faltava um ator, uma pessoa que fosse surpreendente, maluca, estranha e genial, uma figura que tivesse muita força.
Depois de várias reuniões aqui em casa, o Branco olhou o quadro, que fica numa parede grande da sala, e sugeriu convidar o Loredo. Aceitei na hora.
Foi maravilhoso, e a peça virou uma homenagem: ele tem o topete do jeito que gosta, o casaco como pediu; nós perguntávamos a ele o quê ele queria, tudo era para agradar ao "seu" Jorge.
Ensaiamos por dois meses, às vezes até de madrugada, e ele estava sempre lá, no maior bom humor, com a maior classe, sentado no canto com seu cigarro e o cafezinho, elegantérrimo no blazer.
É um barato ficar ao lado dele; a conversa é maravilhosa. Todo o elenco se apaixonou por ele, dos atores às camareiras. É uma pessoa maravilhosa e merece ser capa de revista um milhão de vezes. É uma graça trabalhar com alguém que te ensina. O seu Jorge é o máximo.
Andréa Beltrão é atriz e produtora
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