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19/08/2000
-
03h38
FERNANDA CIRENZA, da Folha de S.Paulo
Chico Buarque está às voltas com um novo projeto para o teatro, retomando a parceria com Edu Lobo depois de 13 anos. O musical vai se chamar "Sonhos" e está previsto para estrear em abril, em algum teatro de São Paulo.
Conta a história de um pop star que sonha ser um sujeito anônimo e desfruta da liberdade para ser verdadeiro e sonhar.
Questionado se o texto da nova história tem relação com sua vida, Chico respondeu: "Nunca pensei sob esse ponto de vista porque esse artista não se parece com nada, ele também é um sonho. Não tem referência a nada que se possa identificar".
O espetáculo tem também a participação de João Falcão, diretor e dramaturgo, que divide com sua mulher, a escritora Adriana Falcão ("A Máquina"), o texto do musical. João é quem vai dirigir a peça.
A última parceria de Chico e Edu aconteceu em 1987, quando compuseram as canções para o balé "Dança da Meia-Lua".
Três anos antes, musicaram a peça "O Corsário do Rei", de Augusto Boal.
Para adiantar o que vai ser "Sonhos", os quatro criadores se reuniram no apartamento de cobertura de Chico, no Alto Leblon, Rio de Janeiro, na última quarta-feira.
Foi o próprio Chico quem abriu a porta para receber a reportagem. Foi ele também quem fez café e chá para o grupo. "É o que eu sei fazer. Você quer mais?"
Chico não se poupou também de recolher as xícaras e arrumar alguns copos em uma bandeja quando alguém lhe pediu água.
Cauteloso em seus gestos e palavras, o poeta deixou escapar, em um dado momento, que começa a se interessar por objetos de arte.
Comentou os trabalhos dos artistas plásticos Antônio Dias e Daniel Senise, expostos frente a frente em uma pequena sala de estar.
"Esse do Dias ainda não está no lugar certo." Depois, contou que comprou o trabalho de Senise por meio de um catálogo. "Não sabia que era desse tamanho. Foi uma surpresa boa."
Mostrou ainda a sua mais recente aquisição: um trabalho de Nelson Félix, colocado em um corredor que leva os visitantes a uma sala mais ampla. "É, estou gostando. Antes, essa função não era minha", encerrou o assunto.
A conversa durou quase duas horas. Chico, Edu, João e Adriana anteciparam, com reservas, o que vai ser o musical.
"É uma produção voluntariosa", disse Chico, referindo-se ao fato de que o projeto ainda precisa de um patrocinador e de um esquema de produção.
"Tirar essa pressão do contrato é bacana", afirmou Edu Lobo.
Leia também:
Ouça a íntegra da entrevista de Chico Buarque à Folha de S.Paulo
"Sonho" terá performance de uma hora e 40 minutos
Chico Buarque e Edu Lobo falam em entrevista à Folha sobre "Sonhos"
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Chico Buarque reaparece no musical "Sonhos"
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Chico Buarque está às voltas com um novo projeto para o teatro, retomando a parceria com Edu Lobo depois de 13 anos. O musical vai se chamar "Sonhos" e está previsto para estrear em abril, em algum teatro de São Paulo.
Conta a história de um pop star que sonha ser um sujeito anônimo e desfruta da liberdade para ser verdadeiro e sonhar.
Questionado se o texto da nova história tem relação com sua vida, Chico respondeu: "Nunca pensei sob esse ponto de vista porque esse artista não se parece com nada, ele também é um sonho. Não tem referência a nada que se possa identificar".
O espetáculo tem também a participação de João Falcão, diretor e dramaturgo, que divide com sua mulher, a escritora Adriana Falcão ("A Máquina"), o texto do musical. João é quem vai dirigir a peça.
A última parceria de Chico e Edu aconteceu em 1987, quando compuseram as canções para o balé "Dança da Meia-Lua".
Três anos antes, musicaram a peça "O Corsário do Rei", de Augusto Boal.
Para adiantar o que vai ser "Sonhos", os quatro criadores se reuniram no apartamento de cobertura de Chico, no Alto Leblon, Rio de Janeiro, na última quarta-feira.
Foi o próprio Chico quem abriu a porta para receber a reportagem. Foi ele também quem fez café e chá para o grupo. "É o que eu sei fazer. Você quer mais?"
Chico não se poupou também de recolher as xícaras e arrumar alguns copos em uma bandeja quando alguém lhe pediu água.
Cauteloso em seus gestos e palavras, o poeta deixou escapar, em um dado momento, que começa a se interessar por objetos de arte.
Comentou os trabalhos dos artistas plásticos Antônio Dias e Daniel Senise, expostos frente a frente em uma pequena sala de estar.
"Esse do Dias ainda não está no lugar certo." Depois, contou que comprou o trabalho de Senise por meio de um catálogo. "Não sabia que era desse tamanho. Foi uma surpresa boa."
Mostrou ainda a sua mais recente aquisição: um trabalho de Nelson Félix, colocado em um corredor que leva os visitantes a uma sala mais ampla. "É, estou gostando. Antes, essa função não era minha", encerrou o assunto.
A conversa durou quase duas horas. Chico, Edu, João e Adriana anteciparam, com reservas, o que vai ser o musical.
"É uma produção voluntariosa", disse Chico, referindo-se ao fato de que o projeto ainda precisa de um patrocinador e de um esquema de produção.
"Tirar essa pressão do contrato é bacana", afirmou Edu Lobo.
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