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09/05/2003 - 07h15

Em São Paulo, novas pistas eletrônicas se espalham pela noite

THIAGO NEY
da Folha de S.Paulo

A house music ganha a partir de hoje ótimo aliado para se estabelecer como um dos mais fortes gêneros da música eletrônica na noite paulistana. Desembarca na cidade, para tocar no clube D-Edge, o DJ Luke Solomon, 33.

Além de DJ e produtor, esse inglês é sócio do selo Classic Music, um dos três mais influentes do gênero no mundo. Seu parceiro na gravadora é o veterano Derrick Carter, de Chicago.

Solomon é o primeiro artista da Classic a tocar na associação entre a gravadora e o D-Edge. A cada dois meses, um DJ do selo tocará no clube paulistano, nas noites de sexta, dedicadas à house.

"Tento tocar house music que tenha uma atitude punk rock ", brinca Solomon, por telefone, da Bélgica, onde tocou anteontem. "Na verdade, é house com suas variantes, deep, underground..."

Cita influências: Prince, anos 80, Todd Terry (lendário DJ e produtor nova-iorquino que esteve no Brasil no ano passado). São músicas que pontuam os sets e as produções de Solomon e que, segundo ele, de certa forma é o que está direcionando atualmente a house music na Europa.

"A house já está ficando velha. Na Inglaterra, é um gênero que está ficando muito comercial, então acho que até por isso as pessoas estão se voltando mais para o lado underground da house, para o que era no passado."

Novos clubes

Aberto no mês passado, o D-Edge lidera o aparecimento de uma série de novas casas de música eletrônica na capital paulista. "Queríamos fazer um clube em que se destacassem a iluminação e, principalmente, a qualidade sonora. Um lugar sofisticado, mas que não deixasse de ser underground", diz Renato Ratier, 31, DJ e proprietário do clube.

Além da house, às sextas, com residência de Ratier, Marcos Morcerf e Pareto, o D-Edge tem noites de tecno (quintas e sábados), rock (segundas), drum'n'bass (domingos) e trance (terças). "A idéia é a de não ser um clube segmentado, de ter um público maior."

A house music, underground ou não, está presente nas pistas de outros clubes "novatos" de São Paulo. No enorme Blood (capacidade: 1.500), o gênero divide os pick-ups com o trance às sextas-feiras, com os DJs Jason Bralli, Marcos Z e Magal, entre outros.

Itaim e Vila Olímpia são os bairros preferidos daqueles que procuram, além da dance music mais comercial, que toca bastante nas rádios da cidade, lugares confortáveis, com decoração requintada, e mais convencionais. É o caso do Lucky, que terá a residência do DJ de house Anderson Soares, do Liquid Lounge, um loft com pé direito altíssimo, e do Studio Six.

Este último utiliza seus três estúdios fotográficos como chamariz de público. "Temos uma parceria com uma agência de modelos, então a frequência de pessoas bonitas é muito grande. E a decoração é toda em branco, clean, diferente da maioria dos outros locais da cidade", diz um dos sócio do Studio Six, Carlos Cerqueira Cesar, 30. Para esse público, o som do clube vai da black music à house e ao trance.
 

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