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17/05/2003 - 05h14

Feira de livros é poluição visual e de sentimentos

MARCELO RUBENS PAIVA
articulista da Folha

O Riocentro , afastado e labiríntico, sedia o 20º ano do festival carioca das letras. Pedro Bial o abriu. "São 140 autores. Um livro é a melhor arma para a transformação", disse num discurso escrito pelo editor Roberto Feith. Curiosidade: há semanas, o Riocentro hospedou uma feira de material bélico.

"Você é da imprensa?", me aborda o escritor Lindomar de Oliveira, 37, oferecendo exemplar de sua edição independente, "Falando no Ceará". Com chapéu de couro, distribui sorrisos apertando-se num estande de 4 m2, de autores independentes. Credenciou-se há três meses, pagando R$ 800. Gabriel Pinheiro, 29, é outro independente. Mostra-me livro em que analisa a Bíblia. "Há frases em inglês", diz orgulhoso.

Eles, juntos com Catherine Millet, Millôr Fernandes e outros, fazem parte do time de escritores a quem a feira é dedicada.

Um coral cantava "Eu Sei que Vou te Amar" durante o coquetel com champanhe oferecido pelo consulado italiano. Mais adiante, policiais da Guarda Municipal espiavam o livro "Cultos das Bruxas", de Margaret Murray.

Uma feira de livros é uma poluição visual e de sentimentos. O leitor se sente deprimido por não ter lido tudo na vida. Um iniciante nem sabe por onde começar.

Há livros de tudo, para tudo e por tudo.

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