Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
18/05/2003 - 17h55

Ana Maria Machado fala de Rubem Braga na Bienal do Livro

GIOVANA MOLLONA
free-lance para a Folha Online, no Rio

A escritora Ana Maria Machado, recém-eleita imortal da ABL (Academia Brasileira de Letras), conheceu o escritor Rubem Braga ainda adolescente. Na
época, ele já era seu ídolo e, a partir deste encontro, nasceu uma amizade que influenciaria a carreira da escritora de vez.

Ela falou sobre o escritor no evento "Amigos para Sempre", neste domingo (18), e falou da sua relação com o escritor no Café Literário da 11ª Bienal Internacional do Livro, no Riocentro. O bate-papo lotou o espaço e era nítida a presença de crianças e adolescentes, fãs da escritora.

Na Bienal, Ana Maria Machado está lançando dois livros infantis: um é "Abrindo Caminho", pela Editora Ática, no qual homenageia grandes nomes que influenciaram a história pela sua coragem em descobrir novos horizontes.

Já em "Portinholas", com lançamento pela Editora Mercuryo Jovem, a autora realiza um antigo sonho que é o de contar uma história tendo como ilustrações as obras do pintor, juntamente com desenhos infantis --no caso, os de sua filha Luísa, feitos na infância.

No Café Literário, Ana citou episódios curiosos de sua convivência com Rubem Braga, como a paixão do escritor por pitangas. "Certa vez, trouxe para ele umas pitangas que colhi no sítio dos meus avós no Espírito Santo. Bom, ele plantou as sementes em casa e foi este o começo dos famosos 'Jardins Suspensos' que Rubem cultivava dentro de seu apartamento", disse a escritora.

Logo nos primeiros tempos de convivência, era comum Rubem esperá-la na saída do colégio para conversar sobre literatura e pintura. "Numa das vezes, ele me trouxe uma rosa amarela. Guardei-a dentro de um livro, afinal, a primeira rosa amarela a gente nunca esquece", afirmou.

A escritora classificou a sua relação com Rubem como uma convivência de uma "menina tímida, que gostava de escrever, com seu ídolo".

Segundo Ana, Rubem criou um gênero na literatura ao escrever de um jeito coloquial, sem abrir mão da tradição literária. A lembrança do relacionamento dos escritores na época de Rubem Braga também foi lembrada por Ana. "Havia uma troca generosa e construtiva entre os escritores. Eles conheciam as obras uns dos outros diretamente e não por meio da imprensa, como acontece hoje", disse.

Ana Maria Machado finalizou seu bate-papo lendo dois textos de Rubem Braga, "Mar" e "Rita".

Especial
  • Saiba mais sobre a Bienal Internacional do Livro do Rio de Janeiro
  •  

    Publicidade

    Publicidade

    Publicidade


    Voltar ao topo da página