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21/05/2003 - 02h49

Jovem Pan e Abril Music falam em "projetos de marketing"

da Folha de S.Paulo

A rádio Jovem Pan e representantes da extinta gravadora Abril Music (citadas por Midani no esquema de pagamento para execução de músicas) defendem que atualmente os acordos não configuram mais jabá, e sim "projetos de marketing".

A diferença, segundo eles, é que hoje a negociação é feita às claras e com nota fiscal.

"Esse assunto de jabá é uma história velha do rádio, que já mudou há muito tempo. Hoje, trocaria a palavra jabá por projetos de marketing, até porque essa verba tem nota fiscal, pagamento de impostos, contratos", diz o proprietário da Jovem Pan, Antonio Augusto Amaral de Carvalho Filho, o Tutinha.

"Assim como a gravadora paga para fazer videoclipes, brindes e colocar artistas novos na TV, por que não pagar as rádios, que são os veículos que fazem os artistas acontecerem?", questiona Tutinha, também diretor vice-presidente da empresa.

Ele diz que a Pan está inserida na "estratégia de marketing das gravadoras". "Fazemos lançamentos de CDs de artistas novos com elas, e é óbvio que também tocamos essas músicas porque queremos vender discos."

Para Tutinha, a palavra jabá só "pode ser usada quando o proprietário da empresa não está ciente da negociação entre a gravadora e um funcionário da rádio".

Abril

Pela Abril Music, o ex-diretor financeiro Eduardo Assumpção também rebate a validade do termo "jabá".

"Esse nome não é bem-vindo pela indústria, apesar de largamente utilizado. O que as gravadoras fazem é promoção." É o que defendia o ex-presidente da gravadora, Marcos Maynard, que diz que não vai se pronunciar sobre a fala de Midani.

Sobre a afirmação de Midani de que a Abril teria inflacionado o mercado por causa de jabá, Assumpção afirma: "Por ser uma empresa nova e não possuir catálogo, a Abril tinha um gasto percentual de marketing maior que os de outras gravadoras. Mas não consigo dizer se gastávamos mais que as outras ou não".

Sobre a afirmação de Midani de que a gravadora fechou com prejuízo relacionado ao jabá, diz: "A Abril, no acumulado de cinco anos, não obteve lucro. Mas não posso quantificar, por questão de foro íntimo do Grupo Abril".
 

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