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21/05/2003
-
13h06
free-lance para a Folha Online
Elas não são lá muito grandes e possuem um público bastante específico, mas as editoras universitárias estão crescendo e têm, sim, o seu valor. No Pavilhão Vermelho da Bienal do Livro, é possível conferir a força que elas têm. Próximas umas das outras, elas estão dispostas em três estandes que reúnem 60 editoras universitárias de todo o país.
Ali fica também o espaço da Abeu (Associação Brasileira das Editoras Universitárias), fundada há 16 anos, onde as editoras de universidades com menos recursos costumam ficar.
Elas dividem um espaço coletivo, mas nem por isso menos organizado. "Só aqui no setor da Abeu, são 32 editoras, agrupadas por região", disse Maria Júlia Guedes, que trabalha para a entidade há 14 anos em eventos deste porte. "É aqui que elas começam. Depois que crescem, a tendência é a de terem o seu próprio espaço", completou.
Ainda segundo Maria Júlia, são lançados em todo o conjunto dos estandes universitários uma média de quatro a cinco livros por dia. Os temas são dos mais variados como política, literatura, música, medicina e psicologia, entre outros.
Independência
Sobre o crescimento destas editoras, um bom exemplo é do estande da Rede Nordeste (Editoras Universitárias do Nordeste). Criada em 1999, a rede era formada por oito universidades da região. Hoje, já são 13. "Há três anos saímos do espaço coletivo e montamos nosso próprio estande por causa do aumento de nossa produção editorial", afirmou o professor Eraldo Souza Ferraz, Diretor da Edufal (Editora da Universidade Federal de Alagoas).
O carro-chefe do grupo é a "Coleção Nordeste". O lançamento é anual e cada universidade participante apresenta um título, selecionado e editado internamente por cada uma delas. As obras vão da literatura à antropologia, passando por temas como folclore e ciências sociais, entre outros.
A apresentação dos livros segue o mesmo padrão editorial e cada título não sai com menos de 800 a mil exemplares na primeira tiragem. "O objetivo é relançar obras que já saíram de circulação e também dar oportunidade aos novos", disse o diretor da Edufal.
Quanto à distribuição, cada editora vende o seu livro na sua própria universidade e também nos campus das demais instituições da rede. "Temos poucos recursos, então, precisamos nos ajudar, não é?"
Especial
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Editoras universitárias crescem e incentivam independência
GIOVANA MOLLONAfree-lance para a Folha Online
Elas não são lá muito grandes e possuem um público bastante específico, mas as editoras universitárias estão crescendo e têm, sim, o seu valor. No Pavilhão Vermelho da Bienal do Livro, é possível conferir a força que elas têm. Próximas umas das outras, elas estão dispostas em três estandes que reúnem 60 editoras universitárias de todo o país.
Ali fica também o espaço da Abeu (Associação Brasileira das Editoras Universitárias), fundada há 16 anos, onde as editoras de universidades com menos recursos costumam ficar.
Elas dividem um espaço coletivo, mas nem por isso menos organizado. "Só aqui no setor da Abeu, são 32 editoras, agrupadas por região", disse Maria Júlia Guedes, que trabalha para a entidade há 14 anos em eventos deste porte. "É aqui que elas começam. Depois que crescem, a tendência é a de terem o seu próprio espaço", completou.
Ainda segundo Maria Júlia, são lançados em todo o conjunto dos estandes universitários uma média de quatro a cinco livros por dia. Os temas são dos mais variados como política, literatura, música, medicina e psicologia, entre outros.
Independência
Sobre o crescimento destas editoras, um bom exemplo é do estande da Rede Nordeste (Editoras Universitárias do Nordeste). Criada em 1999, a rede era formada por oito universidades da região. Hoje, já são 13. "Há três anos saímos do espaço coletivo e montamos nosso próprio estande por causa do aumento de nossa produção editorial", afirmou o professor Eraldo Souza Ferraz, Diretor da Edufal (Editora da Universidade Federal de Alagoas).
O carro-chefe do grupo é a "Coleção Nordeste". O lançamento é anual e cada universidade participante apresenta um título, selecionado e editado internamente por cada uma delas. As obras vão da literatura à antropologia, passando por temas como folclore e ciências sociais, entre outros.
A apresentação dos livros segue o mesmo padrão editorial e cada título não sai com menos de 800 a mil exemplares na primeira tiragem. "O objetivo é relançar obras que já saíram de circulação e também dar oportunidade aos novos", disse o diretor da Edufal.
Quanto à distribuição, cada editora vende o seu livro na sua própria universidade e também nos campus das demais instituições da rede. "Temos poucos recursos, então, precisamos nos ajudar, não é?"
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