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03/06/2003 - 05h03

Série renova e preserva a arte da dança

INÊS BOGÉA
Crítica da Folha de S.Paulo

Registro ou criação? É memória documental ou uma nova coreografia que nasce da união entre filme e dança?

Iniciativa rara no Brasil, o "STV na Dança" já apresentou 60 programas do segundo semestre de 2001 para cá. Com direção de Antônio Carlos Rebesco (Pipoca) e direção de fotografia de Carlos Travaglia, a série trouxe companhias de estilo e porte muito diversos: Balé da Cidade de São Paulo (em cartaz amanhã, com "Desatino do Norte Desatino do Sul", coreografia de Jorge Garcia), Quasar, Cisne Negro, Verve, Márcia Milhazes, Cena 11, Balé do Teatro Municipal do Rio de Janeiro, Ballet Stagium e outras tantas.

Apresentados pelos atores Felipe Folgosi e Brian Penido Ross, os programas têm comentários de Ana Francisca Ponzio e incluem também depoimentos dos próprios artistas.

Criação: a dança filmada é uma outra dança. Nosso olhar será guiado, agora, pela maneira como ela foi filmada e montada. Exemplo: se uma câmera acompanha um bailarino que se desloca na cena, ela atenua seu movimento. Se a câmera está do lado oposto à saída do bailarino, a percepção é outra. Assim, todo espaço muda neste movimento que é duplo, da câmera e do bailarino.

Registro: num país que não prima pela preservação da memória, esta série cumpre papel importante pelo simples esforço de mapear a produção atual da dança brasileira.

A dança ao vivo é efêmera. Nada é mais impalpável do que uma coreografia em cena; ao mesmo tempo, nada é mais presente do que os corpos. Depois, fica só a memória que cada um tem do espetáculo. E agora também essa mistura de criação e memória, que renova e preserva a arte da dança, nos modestos milhões de palcos das telas de TV.

Avaliação:


STV na Dança: Desatino do Norte Desatino do Sul
Quando: amanhã, às 13h30, na Rede SescSenac
 

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