Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
08/06/2003 - 14h25

Museu inglês trará ao Brasil obras produzidas entre 1960 e 2003

FABIO CYPRIANO
da Folha de S.Paulo, em Londres

Após o sucesso da mostra sobre a cultura chinesa, a Oca, no parque Ibirapuera, em São Paulo, promete mais um "blockbuster": a partir de 4 de agosto, vem aí um mergulho na arte londrina, com "A Bigger Splash --Arte Britânica da Tate, de 1960 até 2003".

O título é emprestado da obra do pintor David Hockney reproduzida nesta página, uma das 109 a serem expostas. Curiosamente, "Splash" retrata uma piscina na ensolarada Califórnia (EUA), não o estereotipado "fog" inglês.

A exposição, também organizada pela BrasilConnects, é realizada a partir de 56 artistas do acervo da Tate, de Londres, e representa uma estratégia internacional de expansão do museu.
"Escolhemos o Brasil como primeiro país da América Latina para apresentar nosso acervo. Buscamos criar novas relações com museus e instituições", afirma Stephen Deuchar, diretor da Tate Britain, um dos quatro braços da Tate. "Desde que inauguramos a Tate Modern [em 2000], vimos nossa marca ganhar grande visibilidade e queremos aproveitar tal inserção", diz o diretor.

"Isso mostra a boa relação que temos com a Inglaterra. O Brasil conquistou tal privilégio graças à credibilidade alcançada por exposições internacionais que organizamos, como a sobre a Amazônia, no British Museum, em 2001", afirma Edemar Cid Ferreira, presidente da BrasilConnects.

Criada em 1897 por Henry Tate, no prédio Millbank, às margens do rio Tâmisa, a Tate possui três filiais, todas na Inglaterra: a Tate Liverpool, criada em 1988, a Tate St. Ives, em 1993, e a Tate Modern, em Londres. "Não pretendemos criar outras filiais, seja na Inglaterra ou em outras partes do mundo. Nossa proposta de expansão é com exposições, como a do Brasil, ou virtual, pelo site da Tate, projeto ao qual dedicamos grande atenção", diz Deuchar.

No Brasil, além da Oca, o Instituto Tomie Ohtake receberá parte da mostra, um segmento com sete vídeos de artistas como Tracey Emin, Douglas Gordon, Mona Hatoum e Sam Taylor-Wood, da badalada Young British Art (jovem arte inglesa) que tornou Londres a meca da arte contemporânea na década de 90.

As curadoras da exposição são Joanne Bernstein e Catherin Kinley, ambas da Tate. "Começamos com uma seleção das figuras emblemáticas da arte inglesa nos anos 60, como David Hockney e Francis Bacon, até chegar aos anos 90, com os artistas da Young British Art, cujo destaque é Damien Hirst", conta Bernstein.

Infelizmente, Hirst será visto apenas na série "The Last Supper" (A Última Ceia), composta por gravuras, e não em suas obras mais vibrantes, com os animais -carneiros, tubarão e boi- dispostos em vitrines, às vezes seccionados em várias partes.

A mostra, que deve ficar em cartaz até 26 de outubro, está orçada em US$ 2 milhões, rateados entre BrasilConnects, British Council e Tate, cada um, segundo Cid Ferreira, arcando com um terço.

O jornalista Fabio Cypriano viajou a convite da associação BrasilConnects
 

Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página