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02/11/2007 - 21h06

Roteiristas de Hollywood começam greve na segunda-feira

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da France Presse, em Los Angeles

Os roteiristas de Hollywood anunciaram nesta sexta-feira uma greve por tempo indeterminado, a partir de segunda-feira, contra os estúdios de cinema e as cadeias de televisão, para exigir melhor distribuição dos lucros decorrentes da venda de DVDs, além de direitos em programas comercializados na Internet.

A informação é de seu sindicato WGA que possui 12 mil filiados.

Fred Prouser/Reuters
Placa sinaliza entrada do escritório do sindicato dos roteiristas em Los Angeles
Placa sinaliza entrada do escritório do sindicato dos roteiristas em Los Angeles

"Nos últimos anos, estes conglomerados se beneficiaram de um enorme êxito financeiro, dando as costas, literalmente, a dezenas de milhares de pessoas, incluindo os membros da comunidade criativa", afirmou em entrevista à imprensa Patric Verrone, presidente do WGA ao fazer o apelo à greve, que começará na próxima segunda-feira (5).

"Uma parte dessa comunidade é formada pelos roteiristas, responsáveis pelo trabalho básico dos programas de televisão e dos filmes (...). No entanto, embora a porção da indústria continue crescendo, a nossa anda diminuindo", disse o líder sindical.

A decisão de greve foi anunciada dois dias depois de terem fracassado as negociações do sindicato de roteiristas com a Aliança de Produtores de Cinema e Televisão (AMPTP), podendo converter-se na crise mais importante na indústria de cinema e televisão em quase 20 anos.

A publicação especializada "Variety" desta sexta-feira definiu a crise de "Apocalypse Now" em manchete. A greve poderá custar até um US$ 1 bilhões (R$ 1,7 bilhões) à cidade de Los Angeles, onde os estúdios de cinema são o principal parque industrial e motor de sua economia, afirmou o prefeito Antonio Villaraigosa.

Os roteiristas receberam apoio do sindicato de atores, o Screen Actors Guild (SAG), embora os 150 mil artistas filiados não pretendam somar-se à greve.

Com a paralisação, prevê-se problemas na programação das TVs, como a saída do ar dos talk shows mais populares dos Estados Unidos, como os de David Letterman e de Jay Leno, entre outros.

A greve do WGA de 1988 durou 22 semanas e causou à indústria um prejuízo estimado de US$ 500 milhões (R$ 874,7 milhões).

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