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24/08/2000
-
11h34
TOM CARDOSO
da Folha de S.Paulo
Animados com o sucesso de público e de crítica do disco "Maquinarama", os mineiros do Skank chegam a São Paulo para uma única apresentação, hoje, às 22h, no Olympia.
As novidades não são poucas. Vão desde o novo corte de cabelo meio Neil Young, meio Ronnie Von do vocalista Samuel Rosa até o cenário neo-hippie-psicodélico montado por Gringo Cardia.
Mas a principal mudança vem das caixas de som. Samuel, Henrique Portugal (teclado), Haroldo Ferretti (bateria) e Lelo Zaneti (baixo) estão mais roqueiros, mais desbundados e maduros -Samuel melhorou sua presença de palco e Henrique tem sido mais arrojado nos teclados. O Skank, que já era uma banda pop degraus acima de grupos similares como Cidade Negra e Jota Quest, agora deslanchou de vez.
"A gente ficou um pouco apreensivo para saber como o público iria reagir com essa nossa guinada de sonoridade do grupo. Mas deu tudo certo. Toco rock porque gosto, sem me preocupar se ele está na moda ou não", diz Henrique.
Os velhos fãs não precisam ficar preocupados. A banda não desistiu da fórmula reggae-pop-ska em nome do bom e velho rock'n'roll. Um diagnóstico mais preciso apontaria um claro estado de dupla personalidade. O show é uma prova disso.
Rock, funk, soul, surf music, drum'n'bass e até bossa nova, de um lado; reggae, pop latino, ska, do outro.
Cansado deve ficar o trio de metais, que será obrigado a sair e entrar no palco a cada três músicas, enquanto a platéia com certeza vai se divertir, sem se importar com a indecisão estética de seus ídolos.
O curioso é que outras bandas do primeiro time do rock nacional também se arriscaram e mudaram radicalmente de sonoridade, mas, ao contrário do grupo mineiro, se deram mal. Exemplos: Paralamas do Sucesso, com o disco "Severino" (94), e Titãs, com "Tudo ao Mesmo Tempo Agora" (1991), ambos grandes fracassos de vendas.
Afinal, qual seria o segredo do Skank? "Não sei. Se soubesse, fazia mais três Skanks e ficaria o dia inteiro em casa sem fazer nada", brinca o tecladista.
A verdade é que o Skank, amparado por um time de músicos entrosadíssimos, em que se destaca o percussionista argentino Ramiro Mussotto, sabe é fazer o público dançar, seja com um samba-rock como "Balada do Amor Inabalável", com um rock delicioso como "Três Lados", com o funk "Água e Fogo" ou com um reggae como "Jackie Tequila".
Até nas baladas, "Resposta" e "Ali", ponto fraco das bandas nacionais, os mineiros acertam a mão. Aliás, nessas duas canções, ambas compostas pela parceria Samuel e Nando Reis, o grupo deve contar com a participação do titã no show de hoje à noite.
Há ainda "Garota Nacional", "É Proibido Fumar", "Te Ver", "Esmola", "Mandrake", "Os Cubanos", "Pacato Cidadão", "Tão Seu", uma coleção de sucessos de dar inveja até ao "hitmaker" Lulu Santos. Leve a sobrinha, o pai, a tia e até o primo roqueiro.
Show: Skank
Onde: Olympia (r. Clélia, 1.517, Lapa, tel. 0/XX/11/ 3675-3999)
Quando: hoje, às 22h
Quanto: R$ 30 a R$ 60
Clique aqui para ler mais de Ilustrada na Folha Online
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Skank muda mas não decepciona fãs em novo show que acontece hoje no Olympia
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Animados com o sucesso de público e de crítica do disco "Maquinarama", os mineiros do Skank chegam a São Paulo para uma única apresentação, hoje, às 22h, no Olympia.
As novidades não são poucas. Vão desde o novo corte de cabelo meio Neil Young, meio Ronnie Von do vocalista Samuel Rosa até o cenário neo-hippie-psicodélico montado por Gringo Cardia.
Mas a principal mudança vem das caixas de som. Samuel, Henrique Portugal (teclado), Haroldo Ferretti (bateria) e Lelo Zaneti (baixo) estão mais roqueiros, mais desbundados e maduros -Samuel melhorou sua presença de palco e Henrique tem sido mais arrojado nos teclados. O Skank, que já era uma banda pop degraus acima de grupos similares como Cidade Negra e Jota Quest, agora deslanchou de vez.
"A gente ficou um pouco apreensivo para saber como o público iria reagir com essa nossa guinada de sonoridade do grupo. Mas deu tudo certo. Toco rock porque gosto, sem me preocupar se ele está na moda ou não", diz Henrique.
Os velhos fãs não precisam ficar preocupados. A banda não desistiu da fórmula reggae-pop-ska em nome do bom e velho rock'n'roll. Um diagnóstico mais preciso apontaria um claro estado de dupla personalidade. O show é uma prova disso.
Rock, funk, soul, surf music, drum'n'bass e até bossa nova, de um lado; reggae, pop latino, ska, do outro.
Cansado deve ficar o trio de metais, que será obrigado a sair e entrar no palco a cada três músicas, enquanto a platéia com certeza vai se divertir, sem se importar com a indecisão estética de seus ídolos.
O curioso é que outras bandas do primeiro time do rock nacional também se arriscaram e mudaram radicalmente de sonoridade, mas, ao contrário do grupo mineiro, se deram mal. Exemplos: Paralamas do Sucesso, com o disco "Severino" (94), e Titãs, com "Tudo ao Mesmo Tempo Agora" (1991), ambos grandes fracassos de vendas.
Afinal, qual seria o segredo do Skank? "Não sei. Se soubesse, fazia mais três Skanks e ficaria o dia inteiro em casa sem fazer nada", brinca o tecladista.
A verdade é que o Skank, amparado por um time de músicos entrosadíssimos, em que se destaca o percussionista argentino Ramiro Mussotto, sabe é fazer o público dançar, seja com um samba-rock como "Balada do Amor Inabalável", com um rock delicioso como "Três Lados", com o funk "Água e Fogo" ou com um reggae como "Jackie Tequila".
Até nas baladas, "Resposta" e "Ali", ponto fraco das bandas nacionais, os mineiros acertam a mão. Aliás, nessas duas canções, ambas compostas pela parceria Samuel e Nando Reis, o grupo deve contar com a participação do titã no show de hoje à noite.
Há ainda "Garota Nacional", "É Proibido Fumar", "Te Ver", "Esmola", "Mandrake", "Os Cubanos", "Pacato Cidadão", "Tão Seu", uma coleção de sucessos de dar inveja até ao "hitmaker" Lulu Santos. Leve a sobrinha, o pai, a tia e até o primo roqueiro.
Show: Skank
Onde: Olympia (r. Clélia, 1.517, Lapa, tel. 0/XX/11/ 3675-3999)
Quando: hoje, às 22h
Quanto: R$ 30 a R$ 60
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