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23/06/2003 - 14h33

Do jazz ao black, conheça lugares que têm "jams" em SP

GUILHERME WERNECK
da Folha de S.Paulo

Quem curte música ou sabe tocar um instrumento tem noção de que nada é mais estimulante para os músicos -e, na maioria das vezes, para a platéia- do que um som improvisado. Se você está cansado de ver o mesmo show de sempre e tem vontade de conhecer um pouco do que rola de música mais livre em São Paulo, o Folhateen preparou um pequeno roteiro com alguns dos lugares mais legais da cidade para ouvir do jazz à black music.

Nesta lista, só há um problema: como a maioria dos lugares que têm "jams" são casas noturnas e bares, só é permitida a entrada de maiores de 18 anos. Se você não se encaixa nessa categoria, tem duas opções: esperar até ter idade para entrar ou tentar dar o truque, fazer cara de mais velho e encarar a balada.

Uma das mais tradicionais noites de jazz da cidade é a de segunda no Blen Blen (r. Inácio Pereira da Rocha, 520, tel. 0/ xx/11/3815-4999, ingresso: R$ 20), quando toca a Soundscape Big Band Jazz. Uma big band com formação básica de cinco saxofones, quatro trompetes, quatro trombones, além da seção rítmica (piano, guitarra, baixo e bateria). No repertório, composições dos próprios integrantes da banda.

"Com tantos músicos, temos de criar uma estrutura, mas sempre deixamos espaço nos arranjos para o improvisador", diz o baterista americano Bob Wyatt, 57.

Mesmo sendo uma banda grande, a Soundscape está aberta à participação de músicos de fora. "Quando vem um amigo americano tocar em São Paulo, ele sempre dá uma canja com a banda", conta Wyatt.

Também na segunda acontece no Urbano (r. Cardeal Arcoverde, 614, tel. 0/xx/11/3085-1001, ingresso: R$ 15 para mulheres e R$ 30 para homens) a Jam Suburbana, liderada pelo trompetista Bocato. Formada por mais oito integrantes, a banda passeia pelos grooves do jazz (Herbie Hancock, Jaco Pastorious) até desembocar na black music (James Brown, Gerson King Combo).

"A banda é como coração de mãe, está sempre aberta para os amigos. Estou tocando com ela há dois anos, e nunca estive tão feliz, porque tem esse clima de "jam", de improvisar na hora", diz Bocato, 43, que define o som que faz como um fundo de música negra com pitadas de Brasil. "Mesmo que a gente hesite, a música brasileira impregna", brinca.

Mais afeita à chamada MPBlack é a noite de terça no Na Mata Café (r. da Mata, 70, 0/xx/11/3079-0300, ingresso: R$ 15 para mulheres e R$ 30 para homens), quando toca a Grooveria EletroAcústica.

A banda foi formada pelo baterista Tuto Ferraz e divide muitos de seus convidados especiais com a "jam" do Urbano, como Jairzinho Oliveira, Cláudio Zoli, Max de Castro, Seu Jorge e Paula Lima.

"É tudo improvisado. Ninguém ensaia antes. A primeira música que a gente toca é "Passando o Som", em que a gente vai cantando e arrumando o som ao mesmo tempo", conta Tuto, 36.

No sábado, o lugar para ouvir grooves é o Grazie a Dio (r. Girassol, 67, tel. 0/xx/ 113031.6568, couvert de R$ 7), quando toca o Sindikato. "Fazemos essa "jam" há uns sete anos, e neste ano estamos com um formato diferente. Em vez de ser totalmente livre, temos uns arranjos próprios, mas sempre com espaço para improvisação e muitas canjas", diz o guitarrista Eduardo Cabello, 46.

Agora, se você curte mesmo é jazz tocado em pequenas formações, o melhor lugar para ir é o Teta Jazz Bar (r. Cardeal Arcoverde 1.265, tel. 0/xx/11/3031-1641, couvert de R$ 5).

É um bar pequeno e aconchegante, que dá total liberdade aos músicos para tocar o que quiserem. E, de segunda a sábado, sempre mostra um som diferente. "Somos conhecidos pelo trio de jazz do Lanny Gordin, que toca aos sábados, mas apresentamos bandas com as mais diferentes formações", diz Marco "Zaca" Zacarelli, 26, sócio responsável pela música do bar.
 

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