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09/07/2003
-
09h25
da Folha de S.Paulo
Ela é uma garota linda, mas tem uma alma perdida. Na noite sombria, caminha por uma floresta. O nome dela é Laura Palmer, e coisas estranhas vão acontecer.
Quando o diretor norte-americano David Lynch pediu ao compositor Angelo Badalamenti que este criasse a trilha sonora para o seriado televisivo "Twin Peaks" (1990), a descrição de climas e sensações das cenas e personagens foi sua única orientação. Estava então criado o tema da personagem e o tema romântico da série que fez os telespectadores se perguntarem: "Quem matou Laura Palmer?".
Descrições, como a relatada acima, dos processos criativos de compositores e diretores na criação de trilhas são o tema da série "A Música no Cinema", exibida pelo GNT. Hoje, vai ao ar o sexto e último episódio, que aborda o cinema independente.
Quanto menor o orçamento, maior a necessidade do diretor de exercer sua criatividade e propor soluções mais baratas. A lógica também funciona na criação das trilhas sonoras, uma vez que permite uma abordagem musical mais experimental.
O programa cita o filme "Sem Destino" (1969) como um marco na mudança de mentalidade sobre trilhas. Foi devido a um orçamento apertado que os produtores decidiram usar músicas já existentes --como "Born to Be Wild", do Steppenwolf- e não gastar dinheiro com composições próprias. O sucesso foi tanto que a moda pegou.
O documentário dá voz a alguns dos principais diretores contemporâneos de filmes independentes e mostra como foram criadas algumas trilhas.
Estão aqui, por exemplo, Spike Lee e Terence Blanchard explicando a concepção musical de "Irmãos de Sangue" (1995); Ryuichi Sakamoto falando sobre "Furyo, em Nome da Honra" (1983); a parceria entre o ex-Oingo Boingo Danny Elfman e Tim Burton, que abordam "Edward Mãos-de-Tesoura" (1990); o depoimento daquele que é citado como o "pai" da música dos filmes atuais, o italiano Ennio Morricone.
Faltou apenas um sétimo episódio da série para alguém explicar o uso do silêncio em filmes sem trilha, como o francês "O Filho", atualmente nos cinemas.
A MÚSICA NO CINEMA - OS INDEPENDENTES
Quando: hoje, às 19h, no GNT
Independentes revelam processo criativo em documentário
BRUNO YUTAKA SAITOda Folha de S.Paulo
Ela é uma garota linda, mas tem uma alma perdida. Na noite sombria, caminha por uma floresta. O nome dela é Laura Palmer, e coisas estranhas vão acontecer.
Quando o diretor norte-americano David Lynch pediu ao compositor Angelo Badalamenti que este criasse a trilha sonora para o seriado televisivo "Twin Peaks" (1990), a descrição de climas e sensações das cenas e personagens foi sua única orientação. Estava então criado o tema da personagem e o tema romântico da série que fez os telespectadores se perguntarem: "Quem matou Laura Palmer?".
Descrições, como a relatada acima, dos processos criativos de compositores e diretores na criação de trilhas são o tema da série "A Música no Cinema", exibida pelo GNT. Hoje, vai ao ar o sexto e último episódio, que aborda o cinema independente.
Quanto menor o orçamento, maior a necessidade do diretor de exercer sua criatividade e propor soluções mais baratas. A lógica também funciona na criação das trilhas sonoras, uma vez que permite uma abordagem musical mais experimental.
O programa cita o filme "Sem Destino" (1969) como um marco na mudança de mentalidade sobre trilhas. Foi devido a um orçamento apertado que os produtores decidiram usar músicas já existentes --como "Born to Be Wild", do Steppenwolf- e não gastar dinheiro com composições próprias. O sucesso foi tanto que a moda pegou.
O documentário dá voz a alguns dos principais diretores contemporâneos de filmes independentes e mostra como foram criadas algumas trilhas.
Estão aqui, por exemplo, Spike Lee e Terence Blanchard explicando a concepção musical de "Irmãos de Sangue" (1995); Ryuichi Sakamoto falando sobre "Furyo, em Nome da Honra" (1983); a parceria entre o ex-Oingo Boingo Danny Elfman e Tim Burton, que abordam "Edward Mãos-de-Tesoura" (1990); o depoimento daquele que é citado como o "pai" da música dos filmes atuais, o italiano Ennio Morricone.
Faltou apenas um sétimo episódio da série para alguém explicar o uso do silêncio em filmes sem trilha, como o francês "O Filho", atualmente nos cinemas.
A MÚSICA NO CINEMA - OS INDEPENDENTES
Quando: hoje, às 19h, no GNT
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