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14/07/2003 - 16h49

Buena Vista Social Club deu fama a Compay Segundo

da France Presse, em Los Angeles

Cuba os tinha esquecido e o restante do mundo não os conhecia, até que o compositor americano Ry Cooder chegou a Havana, reuniu um conjunto que tinha feito parte do exclusivo Buena Vista Social Club e elevou à fama um grupo de cantores e músicos no ocaso de suas vidas, entre eles Compay Segundo, que aos 95 anos em Havana.

Cooder, também produtor americano, chegou a Havana em 1996 com um sonho debaixo do braço: um projeto que consistia em reunir músicos de Cuba e Mali numa gravação. Os africanos nunca chegaram à ilha caribenha por falta de vistos para viajar a Cuba e o projeto morreu.

Mas ele, amante da música cubana que tinha conhecido 25 anos antes, animou-se a prosseguir com sua idéia: seu disco seria gravado com aqueles que certa vez tinham feito parte do Buena Vista Social Club, um local exclusivo para sócios nas colinas do leste de Havana.

Para isso, reuniu velhas e esquecidas glórias da música local, as quais tinham em média então 80 anos.

O disco --gravado em Cuba em apenas seis dias e produzido por Cooder-- foi à venda em 1997, conquistou a crítica e o público (vendeu mais de um milhão de cópias em todo o mundo) e ganhou um prêmio Grammy.

A partir daí, soube-se mais de Compay Segundo, com um registro grave, intacto, que o aproxima do baixo barítono, Ibrahim Ferrer, que tinha deixado de cantar por causa das tristezas da vida, e Omara Portuondo, a única presença feminina.

Ademais, Rubén González, de quem se dizia que tinha morrido, Orlando "Cachaíto" López (contrabaixista), Barbarito Torres, o homem do alaúde, e Pío Leyva.

Entre os apaixonados por esse tipo de som, cha-cha-chás e guajiras estava o cineasta alemão Wim Wenders, para quem Cooder tinha composto a música de "Paris,Texas" e "O Fim da Violência".

Provido de câmaras digitais, o cineasta filmou durante três semanas em 1998 esses artistas pelas ruas de Havana, em um estúdio do Egrem --onde se gravou o disco-- e em um giro que os levou à Amsterdã e ao prestigiado Carnegie Hall de Nova York.

Resultado: o documentário homônimo, candidato ao Oscar em 2000, já instalado entre os dez mais vistos da história e que elevou à fama os músicos cubanos, relegados ao esquecimento, no crepúsculo de suas vidas.

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