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16/07/2003
-
05h00
da Folha de S.Paulo
"Cidade Alerta" no ar. Enquanto Milton Neves apresentava o programa policial, na quinta-feira passada, uma vinheta passava pela tela: "a nova Record AM é 1.000". A TV, também durante seus intervalos comerciais, exibiu anúncios da nova programação da AM (1.000 kHz), que estreou anteontem.
Parece absolutamente óbvio que uma empresa dona de televisão e rádio aproveite um veículo para promover o outro. Mas não é. O que os publicitários chamam de "crossmedia" (algo como mídia cruzada) só agora começa a não parecer bicho-de-sete-cabeças no mercado nacional.
Mais do que simplesmente divulgar a AM na TV e vice-versa, a iniciativa da Record é promover uma integração comercial. Seria uma tentativa de levar à rádio os poderosos anunciantes da TV. Por outro lado, a televisão tem um diferencial a oferecer na venda de seus espaços publicitários.
O primeiro passo dessa empreitada foi conseguir que a Igreja Universal, que controla a Record, cedesse parte do horário que ocupava a uma programação comercial. Desde anteontem, os religiosos estão fora da faixa compreendida entre as 7h e as 19h.
Depois, a Record tirou o estúdio da AM da avenida Paulista e levou para a Barra Funda (região central de SP), na sede da TV. Assim, aproveita, por exemplo, artistas que participam dos programas da televisão para os da rádio. Fora isso, a AM pode ter acesso à estrutura do jornalismo, até ao helicóptero eventualmente.
Para que a integração comercial tenha respaldo editorial, o diretor de programação da TV, Hélio Vargas, está cuidando dos dois veículos. A direção chegou a cogitar retransmitir simultaneamente programas da televisão na AM. Desistiu pela diferença de linguagem, mas manteve atrações com o mesmo nome. Agora, é partir para o mercado publicitário. Que, no final das contas, é quem dará ou não o aval à iniciativa.
*
O Senac e a Escola de Comunicações e Artes da USP iniciaram ontem uma série de atividades em comemoração aos 80 anos do rádio no Brasil (neste ano, o aniversário é da inauguração da primeira emissora brasileira).
Batizado de "Rádio: Sintonia do Futuro", o evento vai até 12 de setembro, com palestras e workshops. Entre os participantes, está Allan Mark Stoll, da empresa de dublagem Alamo.
As inscrições devem ser feitas no Senac São Paulo (rua Scipião, 67, Lapa). Informações pelo tel. 0/xx/11/3866-2500 ou pelo e-mail sintoniadofuturo@yahoo.com.br. As entradas são gratuitas.
Outra Frequência: Record estréia integração comercial entre TV e rádio
LAURA MATTOSda Folha de S.Paulo
"Cidade Alerta" no ar. Enquanto Milton Neves apresentava o programa policial, na quinta-feira passada, uma vinheta passava pela tela: "a nova Record AM é 1.000". A TV, também durante seus intervalos comerciais, exibiu anúncios da nova programação da AM (1.000 kHz), que estreou anteontem.
Parece absolutamente óbvio que uma empresa dona de televisão e rádio aproveite um veículo para promover o outro. Mas não é. O que os publicitários chamam de "crossmedia" (algo como mídia cruzada) só agora começa a não parecer bicho-de-sete-cabeças no mercado nacional.
Mais do que simplesmente divulgar a AM na TV e vice-versa, a iniciativa da Record é promover uma integração comercial. Seria uma tentativa de levar à rádio os poderosos anunciantes da TV. Por outro lado, a televisão tem um diferencial a oferecer na venda de seus espaços publicitários.
O primeiro passo dessa empreitada foi conseguir que a Igreja Universal, que controla a Record, cedesse parte do horário que ocupava a uma programação comercial. Desde anteontem, os religiosos estão fora da faixa compreendida entre as 7h e as 19h.
Depois, a Record tirou o estúdio da AM da avenida Paulista e levou para a Barra Funda (região central de SP), na sede da TV. Assim, aproveita, por exemplo, artistas que participam dos programas da televisão para os da rádio. Fora isso, a AM pode ter acesso à estrutura do jornalismo, até ao helicóptero eventualmente.
Para que a integração comercial tenha respaldo editorial, o diretor de programação da TV, Hélio Vargas, está cuidando dos dois veículos. A direção chegou a cogitar retransmitir simultaneamente programas da televisão na AM. Desistiu pela diferença de linguagem, mas manteve atrações com o mesmo nome. Agora, é partir para o mercado publicitário. Que, no final das contas, é quem dará ou não o aval à iniciativa.
*
O Senac e a Escola de Comunicações e Artes da USP iniciaram ontem uma série de atividades em comemoração aos 80 anos do rádio no Brasil (neste ano, o aniversário é da inauguração da primeira emissora brasileira).
Batizado de "Rádio: Sintonia do Futuro", o evento vai até 12 de setembro, com palestras e workshops. Entre os participantes, está Allan Mark Stoll, da empresa de dublagem Alamo.
As inscrições devem ser feitas no Senac São Paulo (rua Scipião, 67, Lapa). Informações pelo tel. 0/xx/11/3866-2500 ou pelo e-mail sintoniadofuturo@yahoo.com.br. As entradas são gratuitas.
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