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17/07/2003 - 04h25

Mutarelli brinca com clichês de casais em "Pedro e Vanda"

PEDRO IVO DUBRA
free-lance para a Folha de S.Paulo

A atriz, autora e diretora Cristina Mutarelli, 47, quer fazer comédia. E ironizar, criticar clichês. Por isso, aceitou encenar "Pedro e Vanda", montagem que faz pré-estréia amanhã para convidados e estréia para o público no sábado, no teatro Crowne Plaza.

Com um elenco encabeçado por Gabriela Duarte ("Honra") e Daniel Faleiros ("Aquela Noite do Cachorro") e um texto do norte-americano Jay DiPietro, o espetáculo aborda a relação do casal que dá título à peça. São jovens universitários que se conhecem, amam-se, têm seus momentos ruins e seus momentos bons, experimentam aquilo que todos os outros pares ao redor costumam também experimentar.

"Sinceramente, não teria o menor interesse em fazer mais uma "peça de casal". Na verdade, o que se pode extrair do texto é um olhar sobre o ridículo e o cômico de toda relação, pode-se mostrar a quantidade de repetições de clichês a que se submete a maioria dos casais, muitas vezes sem se dar conta", afirma Mutarelli.

"Pedro e Vanda", cheia de fragmentárias idas e vindas temporais, foi assistida por Duarte em Nova York, que a trouxe ao Brasil. Desde que assistiu ao monólogo "Pai", de Cristina Mutarelli, com encenação de Paulo Autran e interpretação de Bete Coelho, a atriz tinha vontade de trabalhar com a diretora. A produção é de Regina Duarte, mãe de Gabriela. Fábio Namatame assina o cenário e os figurinos; Guilherme Bonfanti, a iluminação. A dupla trabalhou junta na trilogia bíblica do grupo Teatro da Vertigem.

Em relação à montagem original, algumas alterações são registradas na versão brasileira. "Nos EUA, a peça era dividida em dez quadros, separados por blecautes. Tentei fazer uma peça só, em que não se entende muito quando se começa uma cena e se termina a outra. Para mim, a cena da separação não é diferente da cena da escolha do lugar para onde ir no sábado à noite. Não existe nada mais ou menos importante."

Por lá, havia três cenários. A dinâmica da direção daqui reúne o trio num único, neutro e abstrato, com placas de PVC, plástico e metais. A trilha sonora de "Pedro e Vanda" foi composta por Marcelo Pellegrini ("Os Sertões", "Cacilda!", do Oficina Uzyna Uzona).

Projetos

Entre as outras atividades que Cristina Mutarelli deseja encaminhar está a retomada da história principiada com "Pai" (99).

Ela terminou de escrever "Querida Filha", uma resposta ao amargor e às acusações da primeira peça. Num primeiro projeto, o espetáculo seria dirigido por Coelho e interpretado por Autran. Depois de ler o texto e ponderar, porém, a autora resolveu alterar o curso das coisas.

"Quero fazer uma mudança quase radical na proposta. Quero fazer um diálogo, ter os dois em cena. Seria interessante se pudesse existir um enfrentamento. Gostaria que a Bete visse, o combinado é que ela dirigiria e o Paulo faria", diz.

Há ainda uma outra idéia em gestação: "Orinoco", do mexicano Emilio Carballido, capitaneada por Lígia Cortez, com cenografia de Daniela Thomas, atuação de Mutarelli e Iara Jamra.

PEDRO E VANDA
Texto: Jay DiPietro
Direção: Cristina Mutarelli
Com: Gabriela Duarte e Daniel Faleiros
Onde:,/b> teatro Crowne Plaza (r. Frei Caneca, 136, Cerqueira César, SP, tel. 0/xx/11/289-0985)
Quando: pré-estréia amanhã para convidados, às 21h; estréia no sábado, às 21h; sex. e sáb., às 21h, e dom., às 20h.
Quanto: R$ 25
Patrocinador: Roche Brasil
 

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