Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
27/08/2000 - 09h35

Museu em Nova York tem 120 mil programas

Publicidade

SÉRGIO DÁVILA
da Folha de S.Paulo, em Nova York

Os órfãos brasileiros de "Vigilante Rodoviário", "O Bem Amado" e "TV Pirata" saem da sede nova-iorquina do Museum of Television & Radio com os olhos cheios de água e inveja. (Quase) Tudo que a melhor TV do mundo já produziu está lá, bem preservado e catalogado.

A instituição, fundada em 1975 e com sede também em Los Angeles, tem 120 mil programas em seus arquivos, 100 mil só de TV, que podem ser acessados por 46 computadores Macintosh.

A sede de Manhattan fica na rua 52, num bonito prédio projetado por Philip Johnson e inaugurado em meados de 1991. Além dos consoles individuais, em que se pode assistir ao programa escolhido, há teatros para exibições públicas e retrospectivas.

Há ainda, claro, a loja de lembranças, com produtos que vão da fita da participação do comediante Jerry Seinfeld no programa "Saturday Night Live" (US$ 9,99) ao cassete com a transmissão pelo rádio da "Guerra dos Mundos" em 1938, quando um jovem Orson Welles colocou meio país em pânico (US$ 7,99).

A novidade é que, desde o começo deste ano, o museu passou a arquivar os conteúdos mais relevantes da Internet. Numa parceria com a empresa RealNetworks, a organização colocou seus pesquisadores para garimpar e guardar o melhor da rede.

Qual o critério? Em entrevista recente, Robert M. Batscha, presidente da organização, disse que serão os mesmos aplicados a TV e rádio. Ou seja: excelência, significância histórica e impacto social.

O staff agora é formado por quatro curadores, dois de TV, um de rádio e um de Internet, recentemente contratado. A função deles é montar uma rede de consultores que indiquem o que vale a pena ser arquivado, além de organizar mostras, retrospectivas e seminários em cada área.

Na parte televisiva, entre as jóias da coroa está a transmissão do assassinato do presidente John F. Kennedy, em 22 de novembro de 1963, todos os episódios do programa semanal (e seminal) "Ed Sullivan Show", além do melhor do primeiro educativo da TV, "Sesame Street" (que no Brasil foi rebatizado de "Vila Sésamo").

No momento, o museu está com cinco mostras. Uma delas exibe os desenhos da série "Rocky and Bullwinkle", dos anos 50 e 60, que acaba de virar filme com Robert De Niro. Há ainda a maratona de "Mary Hartman, Mary Hartman", os 325 episódios da novela de 1976 considerada um marco.
Mas o mais interessante é "Madison Avenue Goes to Washington: The History of Presidential Campaign Advertising", que vai até novembro e traz os anúncios televisivos criados para as campanhas presidenciais desde 1952.

Além disso, o Museum of Television & Radio apresenta desde 6 de agosto um ótimo programa aos domingos no canal Bravo. É a série "Influences" (influências), que traz a cada semana o perfil de alguém que revela a importância da TV em sua formação, sempre com imagens históricas que justificam os argumentos.

Apresentada por Alan Alda, a série tem levado nomes como Lorraine Bracco (a psicanalista de "Os Sopranos") e John Lithgow (o professor maluco de "Third Rock From The Sun").

Na Internet: www.mtr.org

Clique aqui para ler mais de Ilustrada na Folha Online

Discuta esta notícia nos Grupos de Discussão da Folha Online - uol.folha.ilustrada


 

Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página