Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
22/07/2003 - 07h01

Polonês Leszek Madzik opõe teatro visual à poluição de imagens

VALMIR SANTOS
da Folha de S.Paulo, em São José do Rio Preto

Há 33 anos à frente do Scena Plastyczna, grupo ligado à Universidade Católica de Lublin, na Polônia --dos encenadores mais respeitados em seu país e na Europa--, Leszek Madzik depara com esforço redobrado para driblar o bombardeio de imagens no mundo contemporâneo e dizer a que veio com seu teatro visual.

"As sociedades estão muito poluídas pelas imagens, os pensamentos vêm prontos como produtos, o espectador é pressionado e não lhe deixam espaço para a reflexão", afirma Madzik, 59.

"Meu desafio é aproveitar esse quadro para criar artisticamente a partir de episódios e comportamentos simples das pessoas, trazendo à tona arquétipos ou símbolos natos, não fabricados."

Madzik participa do 3º Festival Internacional de São José do Rio Preto (a 451 km de São Paulo). Em sua terceira visita ao Brasil, ele desenvolve oficina-montagem da performance "Vala", programada para sexta, num dos galpões de uma antiga fábrica, rebatizada lugar-Nenhum (ponto de encontro de artistas e público à noite).

Depois, no domingo e na segunda, ele vai a São Paulo para um workshop no Departamento de Artes Cênicas da USP.

Formado em história da arte, o jovem pintor Madzik converteu-se ao teatro por entender, entre outras coisas, que uma tela exposta não lhe proporcionaria a resposta de um observador com a intensidade de reações, de sentimentos que colheria de um espectador no espetáculo ao vivo.

O encenador se despe das palavras em favor da composição homogênea de luz, som, objetos, silêncios e presença do ator. "A sacralidade do teatro estimula o público a se perguntar sobre o sentido da existência, a sua relação emocional com o mundo", diz.

Aos atores, Madzik transmite a correlação de humildade com os fenômenos da natureza. "O ator não pode ser arrancado de seu espaço", afirma. Não por acaso, a performance "Vala" se quer metáfora do arado, a abertura do pedaço de chão no qual cada um encontra sua raiz.

O jornalista Valmir Santos viajou a convite da organização do festival

3º FESTIVAL INTERNACIONAL DE SÃO JOSÉ DO RIO PRETO
Quando: até 27/7
Quanto: de R$ 2,50 a R$ 10, ou grátis
Informações: 0/xx/ 17/ 3215-1830 ou no site www.festivalriopreto.com.br
Co-patrocinador: Petrobras

WORKSHOP COM LESZEK MADZIK
Onde:
Departamento de Artes Cênicas da USP (av. Professor Lúcio Martins Rodrigues, 443, Cidade Universitária, SP)
Quando: dias 27 e 28, das 10h às 18h (25 vagas)
Inscrições: até amanhã
Quanto: R$ 100
Informações: 0/xx/11/ 3814-5693 ou 9621-3474

Especial
  • Veja a programação e acompanhe o Festival Internacional de Teatro de Rio Preto
  •  

    Publicidade

    Publicidade

    Publicidade


    Voltar ao topo da página