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23/07/2003 - 09h42

Milos Forman explica seu olhar estrangeiro

BRUNO YUTAKA SAITO
da Folha de S.Paulo

Há uma premissa que desmerece análises à vida de artistas como método de entendimento de suas obras. Os fatos de uma determinada biografia não seriam, portanto, bons guias: a obra deve falar por si só.

No caso de diretores de cinema como Milos Forman, fica difícil não separar vida e obra. Há, em vários de seus filmes, uma unidade temática ligada aos desafios e à luta contra qualquer forma de repressão. Nascido na Tchecoslováquia, em 1932, ele é o tema do episódio de hoje da série "The Directors" (Eurochannel), que é produzida com a colaboração do American Film Institute. Estão no documentário declarações de atores como F. Murray Abraham, Annette Bening, Woody Harrelson e Michael Douglas.

Forman é, antes de mais nada, um sobrevivente. Perdeu os pais em campos de concentração nazistas, e em 1968, com a intervenção soviética em Praga, foi aos Estados Unidos para estabelecer sua carreira. A crítica aos regimes opressores marcaria, por exemplo, "Um Estranho no Ninho" (1975), seu primeiro grande sucesso nos EUA --recebeu cinco Oscars--, na forma de um questionamento sobre o tratamento psiquiátrico em manicômios. Tema que volta a aparecer nos mais recentes e conhecidos "O Povo contra Larry Flynt" (1996) e "O Mundo de Andy" (1999). No primeiro, o anti-herói americano é a vítima de um sistema ambíguo, que condena a pornografia; no segundo, enfoca o comediante que desafia o status quo dos anos 70. A América vista sob a perspectiva de um estrangeiro, enfim.

THE DIRECTORS: MILOS FORMAN
Direção:
Robert J. Emery
Quando: hoje (21h), amanhã (11h), 29/7 (15h) e 30/7 (10h), no Eurochannel
 

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