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24/07/2003 - 07h39

Série de TV enfoca cinema brasileiro no exterior

SILVANA ARANTES
da Folha de S.Paulo

O cinema nacional visto de fora para dentro é o enfoque do episódio de hoje da série "O Mundo do Cinema Brasileiro", da Rede SescSenac.

O diretor Marco Altberg concentra-se nas mostras de Cannes (França) e Berlim (Alemanha), para traçar um apanhado histórico da participação do cinema brasileiro nos grandes festivais internacionais. (Um segundo capítulo, que estréia no próximo dia 29, abordará o Festival de Havana e as mostras exclusivas de filmes brasileiros em Paris e Miami.)

O programa de hoje é alinhavado por um depoimento do professor João Luiz Vieira, que recua a 1953, para determinar o momento em que a cinematografia brasileira tem sua existência reconhecida internacionalmente.

Naquele ano, "O Cangaceiro", de Lima Barreto, recebeu o Prêmio Especial do Júri no Festival de Cannes. A Palma de Ouro viria nove anos depois, com "O Pagador de Promessas", de Anselmo Duarte. Cita-se ainda o prêmio de melhor direção a Glauber Rocha ("O Dragão da Maldade contra o Santo Guerreiro", 1969) e o de melhor atriz a Fernanda Torres ("Eu Sei que Vou te Amar", de Arnaldo Jabor).

Expressa em entrevista, opinião do crítico José Carlos Avellar parece traduzir também o ponto de vista adotado pelo programa -sair da competição sem prêmios não invalida a participação brasileira nas grandes mostras.

Avellar argumenta que a presença de um filme nos grandes festivais (mesmo em seções paralelas à competição principal) lhe dá ressonância, ou seja, ajuda a transformá-lo num fato cultural.

Isso posto, o programa não menciona casos de filmes brasileiros deplorados pela crítica ou desconhecidos pelo júri dos grandes festivais, mesmo havendo mais de um exemplo a ser citado.

De Berlim, Vieira ressalta o reconhecimento às atrizes brasileiras premiadas com o Urso de Prata --Marcélia Cartaxo, por "A Hora da Estrela", de Suzana Amaral (86), Ana Beatriz Nogueira, por "Vera", de Sergio Toledo (87), e Fernanda Montenegro por "Central do Brasil", de Walter Salles (98)-- e a consagração dos cineastas Ruy Guerra ("Os Fuzis", 1964, "A Queda", 1978, co-dirigido por Nelson Xavier) e Walter Salles ("Central do Brasil").

O programa é recheado também por entrevistas de diretores e produtores, que se referem ao "mercado". Faltou talvez explicar ao telespectador que se trata das já tradicionais feiras paralelas aos festivais, em que a compra e venda de centenas (ou milhares) de títulos movimenta a indústria do cinema.

O MUNDO DO CINEMA BRASILEIRO - FESTIVAIS INTERNACIONAIS - PARTE 1 Quando: hoje (15h), dias 25 (7h30), 26 (1h30) e 27 (8h30), na Rede SescSenac
 

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