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28/07/2003
-
07h00
Free-lance para a Folha de S.Paulo
Numa época em que a dita nova dramaturgia se faz onipresente em mostras, ciclos e seminários, a volta aos "antigos" pode, pelo contraponto resultante, ajudar a esclarecer inquietações atuais. É o que se pretende com um festival de teatro planejado para começar no ano que vem.
Muito montado na Inglaterra, por exemplo, mas com uma circulação restrita por aqui, o irlandês Bernard Shaw (1856-1950) foi escolhido para o retorno.
Hoje, às 20h, acontece o pré-lançamento do projeto, uma iniciativa da cia. Coisa Boa, formada pela diretora Dedé Pacheco e pelas atrizes Magali Biff e Maria Tendlau. O grupo faz a leitura dramática de trechos de "A Profissão da Sra. Warren", que tenciona encenar com a abertura do festival, marcada para 17 março de 2004, dia de são Patrício, padroeiro da Irlanda. O Tapa, por sua vez, apresenta fragmentos de "Major Bárbara", peça que montou pela primeira vez em 2001.
Folias d'Arte, cia. Livre, cia. Sutil, Le Plat du Jour, cia. São Jorge de Variedades e Núcleo Bartolomeu de Depoimentos estão entre os demais participantes. Os grupos lerão dez dos textos do dramaturgo, entre eles "Pigmalião", "Homem e Super-Homem" e "O Homem e as Armas".
Seminários, oficinas e cabarés literários são igualmente projetados.
"Podemos dizer que Shaw é pré-épico. [Bertolt] Brecht vai muito a Shaw.
Shaw ainda se exprime numa forma 'velha', dramática, embora tenha um conteúdo novo, social. Essa tensão é um exercício interessante para os atores. E hoje, se as pessoas estão preocupadas em criar uma nova dramaturgia, é importante conhecer as estruturas e como se chegou ao contemporâneo", afirma Pacheco, 32.
O festival conta com apoio teórico das professoras Maria Sílvia Betti e Munira Hamud Mutran, da USP, além da pesquisadora Rosalie Haddad. Os alunos de Stella E. O. Tagnin, que dá um curso de pós-graduação na USP sobre tradução, farão versões novas para o português das peças.
O encontro de hoje é uma oportunidade para buscar subsídios para a concretização da iniciativa. "Convidamos possíveis apoiadores."
BERNARD SHAW: UM PORTO DE PASSAGEM. Pré-lançamento do projeto com leituras de trechos de "A Profissão da Sra. Warren", pela cia. Coisa Boa, e "Major Bárbara", pelo grupo Tapa. Onde: Finnegan's Pub (r. Cristiano Viana, 358, Pinheiros, tel. 3062-3232). Quando: hoje, às 20h. 80 min. Quanto: entrada franca.
Bernard Shaw vira tema de festival
PEDRO IVO DUBRAFree-lance para a Folha de S.Paulo
Numa época em que a dita nova dramaturgia se faz onipresente em mostras, ciclos e seminários, a volta aos "antigos" pode, pelo contraponto resultante, ajudar a esclarecer inquietações atuais. É o que se pretende com um festival de teatro planejado para começar no ano que vem.
Muito montado na Inglaterra, por exemplo, mas com uma circulação restrita por aqui, o irlandês Bernard Shaw (1856-1950) foi escolhido para o retorno.
Hoje, às 20h, acontece o pré-lançamento do projeto, uma iniciativa da cia. Coisa Boa, formada pela diretora Dedé Pacheco e pelas atrizes Magali Biff e Maria Tendlau. O grupo faz a leitura dramática de trechos de "A Profissão da Sra. Warren", que tenciona encenar com a abertura do festival, marcada para 17 março de 2004, dia de são Patrício, padroeiro da Irlanda. O Tapa, por sua vez, apresenta fragmentos de "Major Bárbara", peça que montou pela primeira vez em 2001.
Folias d'Arte, cia. Livre, cia. Sutil, Le Plat du Jour, cia. São Jorge de Variedades e Núcleo Bartolomeu de Depoimentos estão entre os demais participantes. Os grupos lerão dez dos textos do dramaturgo, entre eles "Pigmalião", "Homem e Super-Homem" e "O Homem e as Armas".
Seminários, oficinas e cabarés literários são igualmente projetados.
"Podemos dizer que Shaw é pré-épico. [Bertolt] Brecht vai muito a Shaw.
Shaw ainda se exprime numa forma 'velha', dramática, embora tenha um conteúdo novo, social. Essa tensão é um exercício interessante para os atores. E hoje, se as pessoas estão preocupadas em criar uma nova dramaturgia, é importante conhecer as estruturas e como se chegou ao contemporâneo", afirma Pacheco, 32.
O festival conta com apoio teórico das professoras Maria Sílvia Betti e Munira Hamud Mutran, da USP, além da pesquisadora Rosalie Haddad. Os alunos de Stella E. O. Tagnin, que dá um curso de pós-graduação na USP sobre tradução, farão versões novas para o português das peças.
O encontro de hoje é uma oportunidade para buscar subsídios para a concretização da iniciativa. "Convidamos possíveis apoiadores."
BERNARD SHAW: UM PORTO DE PASSAGEM. Pré-lançamento do projeto com leituras de trechos de "A Profissão da Sra. Warren", pela cia. Coisa Boa, e "Major Bárbara", pelo grupo Tapa. Onde: Finnegan's Pub (r. Cristiano Viana, 358, Pinheiros, tel. 3062-3232). Quando: hoje, às 20h. 80 min. Quanto: entrada franca.
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