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03/08/2003
-
11h06
da Folha de S.Paulo
Aos 55 anos, a jornalista e agora atriz e cantora Marília Gabriela está "começando tudo de novo". Ela volta hoje à noite à TV aberta, com o seu "De Frente com Gabi", no SBT, à 0h, e se recupera do "soco no estômago" que levou em fevereiro, quando Silvio Santos tirou o programa do ar, três meses antes do final do contrato.
Em sua terceira "estréia" no SBT (as duas primeiras foram em 1998 e em 2002), o "De Frente com Gabi" virou uma produção independente. Marília Gabriela e a Sardinha Produções bancam todo o programa e entregam a fita finalizada ao SBT. A diferença é que Gabi agora tem mais liberdade, pode fazer uma atração "legitimamente autoral". Mas isso tem um preço. "Até agora só estou investindo", diz. Em outras palavras, ela trocou involuntariamente um salário de R$ 150 mil por uma perspectiva de faturamento. Terá 40% da receita publicitária.
Se o "novo" modelo der certo, Gabi irá inaugurar no SBT uma nova fase. A emissora aguarda os resultados do "De Frente com Gabi" para tocar novos projetos de produções terceirizadas, que barateiam os custos do canal e costumam oxigenar emissoras com novas idéias. Para Gabi, esse tipo de produção "é o futuro da televisão, embora seja o passado de algumas delas", referindo-se a países, como os EUA, em que o modelo já é antigo. Gabi entende também que a produção terceirizada é uma das soluções para a atual crise financeira da TV.
Em busca de "prestígio e audiência", a jornalista leva ao ar hoje um "De Frente com Gabi" repaginado no visual (novo cenário, novas vinhetas e nova música de abertura _sim, o tema criado por Rita Lee está se aposentando) e mais ilustrado. Usará o máximo de material de arquivo sobre a personalidade para tornar a entrevista mais atraente.
O primeiro entrevistado será José Dirceu, ministro-chefe da Casa Civil. "Não vou tratar o governo Lula diferente de qualquer facção política. Chamei o Zé Dirceu porque ele tem uma história de vida fantástica", diz. Gabi também convidou Antonio Palocci Filho (Fazenda), já levou um não do ex-presidente FHC e sonha entrevistar Lula e a primeira-dama Marisa Letícia, mas não terá apenas políticos em seu "talk-show".
Marília afirma que está em uma fase da vida em que está achando "tudo muito chato, entediante", mas admite que pensa seriamente em aceitar convite de Aguinaldo Silva para atuar em uma das próximas novelas das oito da Globo. "Isso nunca me passou pela cabeça. Se for só uma participação especial, é interessante", diz.
De olho em novela, Gabi volta ao SBT
DANIEL CASTROda Folha de S.Paulo
Aos 55 anos, a jornalista e agora atriz e cantora Marília Gabriela está "começando tudo de novo". Ela volta hoje à noite à TV aberta, com o seu "De Frente com Gabi", no SBT, à 0h, e se recupera do "soco no estômago" que levou em fevereiro, quando Silvio Santos tirou o programa do ar, três meses antes do final do contrato.
Em sua terceira "estréia" no SBT (as duas primeiras foram em 1998 e em 2002), o "De Frente com Gabi" virou uma produção independente. Marília Gabriela e a Sardinha Produções bancam todo o programa e entregam a fita finalizada ao SBT. A diferença é que Gabi agora tem mais liberdade, pode fazer uma atração "legitimamente autoral". Mas isso tem um preço. "Até agora só estou investindo", diz. Em outras palavras, ela trocou involuntariamente um salário de R$ 150 mil por uma perspectiva de faturamento. Terá 40% da receita publicitária.
Se o "novo" modelo der certo, Gabi irá inaugurar no SBT uma nova fase. A emissora aguarda os resultados do "De Frente com Gabi" para tocar novos projetos de produções terceirizadas, que barateiam os custos do canal e costumam oxigenar emissoras com novas idéias. Para Gabi, esse tipo de produção "é o futuro da televisão, embora seja o passado de algumas delas", referindo-se a países, como os EUA, em que o modelo já é antigo. Gabi entende também que a produção terceirizada é uma das soluções para a atual crise financeira da TV.
Em busca de "prestígio e audiência", a jornalista leva ao ar hoje um "De Frente com Gabi" repaginado no visual (novo cenário, novas vinhetas e nova música de abertura _sim, o tema criado por Rita Lee está se aposentando) e mais ilustrado. Usará o máximo de material de arquivo sobre a personalidade para tornar a entrevista mais atraente.
O primeiro entrevistado será José Dirceu, ministro-chefe da Casa Civil. "Não vou tratar o governo Lula diferente de qualquer facção política. Chamei o Zé Dirceu porque ele tem uma história de vida fantástica", diz. Gabi também convidou Antonio Palocci Filho (Fazenda), já levou um não do ex-presidente FHC e sonha entrevistar Lula e a primeira-dama Marisa Letícia, mas não terá apenas políticos em seu "talk-show".
Marília afirma que está em uma fase da vida em que está achando "tudo muito chato, entediante", mas admite que pensa seriamente em aceitar convite de Aguinaldo Silva para atuar em uma das próximas novelas das oito da Globo. "Isso nunca me passou pela cabeça. Se for só uma participação especial, é interessante", diz.
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