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12/08/2003 - 09h02

Artista quer sugar emoção, carne e sangue

PEDRO ALEXANDRE SANCHES
da Folha de S.Paulo

Seu trabalho em disco é tão esporádico que sempre que surge um novo parece que nasceu outra artista.

O já tardio "Laura Finocchiaro" (92) já manipulava eletrônica e sons orientais, mas ainda era disco de uma roqueira de origem. "Ecoglitter" (98) era cruza de (muita) eletrônica e (pouca) canção popular brasileira, que esfumaçou em parte a personalidade da compositora/cantora/estudiosa.

"Oi" é "Ecoglitter" invertido e reparado. Tem (muita) eletrônica e (muitíssima) canção popular brasileira, desde a "Menina Linda" da jovem guarda até o "Duelo" entre ela e Tom Zé.

A modinha eletrônica (como definiu o co-autor) é o ponto culminante de "Oi", pela construção audaciosa da letra de termos "desagradáveis" ("medonha", "envergonha", "hemorragia") dele e pela doçura dramática da melodia dela.

E o trunfo de "Duelo" se expande pelo CD, que compreende com precisão a artificialidade em que andam metidas as músicas industrial e independente de hoje em dia. E luta para transformá-la em drama e emotividade, em carne e sangue.

Da canção de amor ao amor "Link" às cantigas feitas para "suas" crianças, ser emotivo é o dom central de "Oi". E chega de gelo.

Avaliação:

Oi
Artista:
Laura Finocchiaro
Lançamento: Sorte/Trama
Quanto: R$ 22 (preço sugerido)

Leia mais
  • Laura Finocchiaro aposta na produção independente
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