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29/12/2007 - 13h38

Greve de roteiristas nos EUA ameaça o glamour do Globo de Ouro

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da Efe, em Washington

A greve dos roteiristas de cinema e televisão nos Estados Unidos, que em breve completará dois meses, ameaça ofuscar o glamour do Globo de Ouro, premiação realizada pela Associação da Imprensa Estrangeira de Hollywood e que é considerada uma prévia do Oscar.

A cerimônia está prevista para o dia 13 de janeiro e terá sede no hotel Beverly Hilton, em Beverly Hills, no estado americano da Califórnia.

18.dez.2007/Damian Dovarganes/AP
Alana De La Garza da série "Law & Order" em apoio a manifestação de roteiristas
Alana De La Garza da série "Law & Order" em apoio a manifestação de roteiristas

No entanto, estes planos podem ir por água abaixo se cerca de três mil funcionários do ramo impedirem a entrada no hotel no dia a da premiação, como anunciou Jeff Hermanson, coordenador da greve do Writers Guild of America, o sindicato americano dos roteiristas.

Muitos dos convidados já disseram que não irão à cerimônia caso os grevistas estejam lá, o que pode arruinar o Globo de Ouro e as festas de entre US$ 300 mil e US$ 400 mil (R$ 535,2 mil e R$ 713,6 mil) que a cada ano rodeiam este desfile de famosos e seus cônjuges ou acompanhantes da vez, sempre cercados por um enxame de câmeras.

Bill Butchkavitz, que planeja a festa do canal HBO, disse à revista "Variety" que "o maior problema são os compromissos com os fornecedores".

"Desde o carpinteiro que monta o cenário às pessoas que alugam o equipamento de projeção de imagens nas paredes. Tenho que assinar contratos com todos eles", disse.

As negociações entre os sindicatos de roteiristas e a Alliance of Motion Picture and Television Producers, entidade que representa estúdios e produtoras de cinema e televisão, estão praticamente estagnadas.

Os trabalhadores reivindicam pagamentos referentes à venda de séries em DVDs e downloads.

"Se a cerimônia do Globo de Ouro for transmitida pela televisão, serão feitos protestos em frente ao hotel", disse Hermanson.

A possibilidade de que a caminhada sobre tapetes vermelhos transcorra entre gritos, palavras de ordem, cartazes e grevistas furiosos não parece muito atrativa para atores e atrizes ricos e famosos.

Segundo o jornal "The New York Times", "as celebridades deram um sinal que os executivos de publicidade de Hollywood consideram quase unânime: se houver manifestações dos grevistas, as estrelas não irão".

Até o momento, a rede de televisão americana NBC continua com seus planos de transmitir a cerimônia, mas fontes próximas à Associação da Imprensa Estrangeira de Hollywood indicam que o grupo salvaria parte do glamour da festa ao optar por um evento privado ou transmitido apenas pela internet.

A última vez em que o Globo de Ouro, que chega a sua 65ª edição, não foi transmitido pela televisão foi no ano de 1979.

Quando a Associação da Imprensa Estrangeira de Hollywood anunciou em abril passado que a cerimônia seria realizada às 17h locais (23h de Brasília), a explicação foi exatamente de que se buscava uma maior cobertura midiática no resto do mundo.

Segundo o "New York Times", Jorge Cámara, presidente da associação, garantiu que a cerimônia vai acontecer com toda sua característica pompa.

No ano passado, a organização recebeu quase US$ 6 milhões (R$ 10, 7 milhões) pela cerimônia.

O Globo de Ouro ganhou bastante importância com o tempo, mas ainda está à sombra de seu grande rival, o Oscar, tanto por causa de seu peso na indústria quanto pelo número de espectadores.

Mas a localização no calendário faz com que esta premiação sirva de ante-sala para a festa da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas, que divulgará os nomes dos indicados para a 80ª edição do Oscar em 22 de janeiro e entregará seus prêmios em 24 de fevereiro.

 

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