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20/08/2003 - 07h48

Polícia investiga ato de Gerald Thomas

da Folha de S.Paulo, no Rio

O chefe da Polícia Civil do Rio, Álvaro Lins, determinou à 5ª DP (Delegacia de Polícia) que investigue se o diretor teatral Gerald Thomas, 49, cometeu ato obsceno ao mostrar as nádegas após ser vaiado pela platéia que assistia, na madrugada do último domingo, à ópera "Tristão e Isolda", no Teatro Municipal do Rio.

Incumbido da apuração, o delegado-titular da 5ª DP, Geraldo da Cruz Ribeiro, deverá ouvir pessoas que estavam na platéia e o próprio Thomas, responsável pela nova leitura da clássica ópera de Richard Wagner (1813-1883), na qual transporta a ação da Idade Média para o consultório de Sigmund Freud (1856-1939).

Segundo a assessoria da Polícia Civil, o objetivo da investigação é saber se, ao arriar as calças e a cueca, Thomas praticou um ato relacionado à encenação ou desrespeitou os espectadores, que o vaiavam e xingavam.

"Dentro de um teatro nada é obsceno, ainda mais numa cidade em que todos mostram os seios e as nádegas. O que estão fazendo é uma manipulação política contra a [secretária estadual de Cultura e diretora do Municipal] Helena Severo", diz Thomas.

O diretor deverá ser convidado a prestar depoimento, possivelmente até a próxima sexta. Só depois de ouvi-lo o delegado decidirá se haverá abertura de inquérito.

Na opinião do cineasta Cacá Diegues, 63, que estava na platéia na estréia da ópera, "as pessoas foram muito agressivas com o Gerald. E quando você é agredido daquela maneira, como ele foi, você pode perder a cabeça e acabar fazendo alguma besteira. Não aplaudo, mas entendo".

A Folha tentou ouvir Helena Severo, que, de acordo com sua assessoria, estava em Brasília. A secretária estadual de Cultura não foi encontrada.
 

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