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24/08/2003 - 04h23

Globo corre para ocupar vaga de "Os Normais"

da Folha de S.Paulo

O programa que substituirá o seriado "Os Normais" nas noites de sexta-feira da Globo, a partir de outubro, tem tudo para ser tachado de machista. Será sobre o universo masculino e só terá atores homens (que farão os eventuais papéis femininos). Mas seu criador, o autor e diretor João Falcão, 44, não está nem aí para as feministas de plantão. "Já existem muitos programas femininos na televisão", provoca.

A temática e o elenco masculinos, aliás, são praticamente os únicos elementos já confirmados no programa, um produto "meio sitcom, meio show e meio documentário", na definição de Falcão. "Estamos correndo a mil e não temos nada definido. Ainda estamos tentando fechar o formato, enquanto escrevemos vários episódios ao mesmo tempo", diz.

A correria se explica: faz apenas três semanas que Mário Lúcio Vaz, diretor da área artística da Globo, bateu o martelo sobre o substituto de "Os Normais". Faltam pouco mais de 45 dias para a estréia, a equipe de produção não foi montada e o elenco, até quinta-feira, ainda não estava totalmente escalado. Mas dá tempo.

O projeto de Falcão, que a Globo chama de uma "evolução" do quadro "Homem-Objeto", exibido em abril no "Fantástico", já havia sido descartado pela emissora. Acabou ressuscitado por uma questão de política interna: "Os Normais" é um programa do núcleo do festejado diretor Guel Arraes; seu substituto, então, tem de ter a grife de Arraes, responsável por "Homem-Objeto".

"Homem-Objeto" ainda é nome provisório, mas que pode ser definitivo. A Globo cogitou rebatizá-lo de "Sexta sem Lei" e "Tudo de Bom", mas essas marcas já têm donos (a segunda é da MTV). Falcão, diretor de peças como "Cambaio" e "A Máquina", admite o rótulo de "versão masculina de "Sex and the City'", mas diz que a paternidade do novo programa da Globo é mesmo de "A Comédia da Vida Privada", exibido entre 95 e 97, no qual colaborou.

Inspirado em texto de Luis Fernando Verissimo, assim como "Comédia", "Homem-Objeto" nasceu no teatro. Em abril, foi transposto para a televisão em quatro episódios de dez minutos. No Ibope, não empolgou nem decepcionou. Na Globo, muita gente torceu o nariz para o "embrião" da nova sitcom da emissora.

O programa irá entrar no ar em um horário que já deu muita dor de cabeça para a Globo. Antes de "Os Normais", a emissora tentou e não conseguiu manter a liderança no Ibope com "Muvuca" e "Meninas de Programa".

"Os Normais", que sai do ar com dois anos e meio de vida, porque seus autores, diretores e elenco alegam que o programa esgotou todas as possibilidades cômicas, registrou médias de 18 a 23 pontos neste ano.
 

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