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26/08/2003 - 16h31

Woody Allen inaugura amanhã 60ª edição da Mostra de Veneza

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da France Presse, em Veneza

O diretor e ator norte-americano Woody Allen inaugurará pessoalmente amanhã a 60ª edição da Mostra de Veneza, que este ano apresenta um leque de filmes de grandes mestres do cinema mundial, como Bernardo Bertolucci, os irmãos Coen, Ridley Scott e James Ivory, e produções de novos nomes da sétima arte, como o documentário brasileiro "O Prisioneiro da Grade de Ferro (auto-retratos)".

Pela primeira vez, o diretor nova-iorquino estará presente à estréia mundial de seu novo filme, "Anything Else", para prestar homenagem ao festival de cinema mais antigo da Europa, criado em 1932.

A 60ª edição, que neste ano tenta recuperar sua antiga liderança como festival mais famoso e completo do velho continente, incluiu em seu programa sessões dedicadas aos novos diretores e ao cinema engajado.

Em "Novos Territórios", será apresentado "O Prisioneiro da Grade de Ferro (auto-retratos)", de Paulo Sacramento, feito em parceria com presos da penitenciária do Carandiru e premiado pelo Ministério da Cultura e pela Associação Brasileira de Documentaristas. Também serão apresentadas fitas sobre as viagens do diretor Oliver Stone à Palestina e a de Jonathan Demme ao Haiti.

Pela passarela futurista instalada em frente ao palácio do cinema do Lido de Veneza, desfilarão, até o 11º dia do festival, em 6 de setembro, astros, estrelas e sobretudo, os sofisticados diretores da sétima arte.

Entre os mais premiados e famosos estarão presentes veteranos, como Bernardo Bertolucci, que apresentará na categoria hors-concours, "The Dreamers", homenagem ao maio de 1968 em Paris, e a comédia "Intolerable Cruelty", dos irmãos Joel e Ethan Coen, com George Clooney e Catherine Zeta-Jones, que também poderão ser vistos em Veneza.

Será apresentada ainda "Erase Una Vez en México", do mexicano Robert Rodríguez, com Antonio Banderas e Salma Hayek, que acompanharão o lançamento do filme.

Nicole Kidman, Nathalie Baye, Catherine Deneuve, Nicolas Cage, Tim Robbins, John Malkovich, Isabella Rossellini, Sean Penn, Naomi Watts, Anthony Hopkins e Omar Sharif estão entre as estrelas que chegarão a Veneza para alegria dos paparazzi.

Dois filmes sobre América Latina, "21 Gramos", do mexicano Alejandro González Iñárritu, e "Imagining Argentina", do inglês Christopher Hampton, sobre os desaparecidos argentinos, com Antonio Banderas e Emma Thompson, estão entre os 20 filmes selecionados para a sessão oficial "Veneza 60", que concorrem ao Leão de Ouro.

Em "Contracorrente", na disputa do Prêmio San Marco estão, entre outros, os filmes "La quimera de los Héroes", uma co-produção franco-argentina dirigida por Daniel Rosenfeld, e "Lost in Translation", dirigida por Sofia Coppola, filha Francis Ford Coppola, selecionada por seu talento inovador.

Ao apresentar o programa do festival, o suíço Moritz de Hadeln, diretor da Mostra pelo segundo ano consecutivo, destacou a vitalidade do cinema europeu e adiantou que entre os temas predominantes nesta mostra está a sensualidade, segundo ele tratada cruamente em algumas ocasiões.

Por decisão das grandes produtoras americanas, os filmes "Matchstick Men", de Ridley Scott, e "The Divorce", de James Ivory, serão projetadas fora do concurso, o que tem suscitado polêmica, depois que as autoridades do festival foram acusadas de se submeter à vontade dos gigantes da indústria norte-americana.

Apenas "21 Gramos", produzida pela Universal International Pictures e dirigida pelo mexicano González Iñárritu, com roteiro do compatriota Guillermo Arriaga, de "Amores Brutos", e atores do porte de Sean Penn, Benicio del Toro e a nova estrela australiana Naomi Watts, será submetida ao crivo do júri internacional.

Pelo menos dois terços das produções selecionadas são européias, como "Rosenstrasse", da alemã Margarethe von Trotta, premiada em 1981 pelo filme "Anos de Chumbo".

O cinema europeu disputará com o vital cinema asiático, que participa com os diretores já consagrados com o Leão de Ouro, o japonês Takeshi Kitano, premiado em 1997, e o taiwanês Tsai Ming-liang, em 1994.

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