Publicidade
Publicidade
28/08/2003
-
18h47
MARIO HUGO MONKEN
da Folha de S.Paulo, no Rio
O diretor-teatral Gerald Thomas, 49, recusou hoje a proposta da Juizado Especial Criminal do Rio de Janeiro de pagar cinco salários mínimos a uma instituição de caridade para encerrar a investigação de que teria cometido "ato obsceno" ao mostrar as nádegas para a platéia que o vaiava durante a ópera "Tristão e Isolda", no Teatro Municipal do Rio. O episódio aconteceu no último dia 16.
O caso, agora, será levado ao Ministério Público Estadual, que vai decidir se oferecerá denúncia (acusação formal) contra o diretor teatral.
Thomas recusou a oferta porque considera que não cometeu crime nenhum. "O teatro era meu, a obra era minha. Eu sou um artista e não posso ser censurado em um país onde não há ditadura. Não é normal condenar um artista pelo que ele faz no palco. Para mim, é a castração da liberdade de expressão", disse.
Apesar de ter recusado a pena proposta, Thomas afirmou que "lamenta profundamente o que ocorreu" e que pediu desculpas publicamente pelo que fez.
Em depoimento ao juiz Antônio Carlos Amado, do 2º Juizado Especial Criminal, Thomas disse que fizeram "hipocrisia" sobre o seu gesto ao torná-lo caso de polícia. Antes de seu relato à Justiça, Thomas teve que comparecer à delegacia do centro do Rio para prestar esclarecimentos.
"Se a nudez no palco é um ato criminoso, todas as peças de teatro e as novelas deveriam ser suspensas e 90 mil pessoas condenadas."
Thomas afirmou ainda que, se aceitasse a pena, poderia abrir um "precedente perigoso" para outros artistas. "Todos passariam a se sentir intimidados de fazer qualquer coisa", disse o diretor.
Gerald Thomas recusa pena alternativa e nega ter cometido "ato obsceno"
Publicidade
da Folha de S.Paulo, no Rio
O diretor-teatral Gerald Thomas, 49, recusou hoje a proposta da Juizado Especial Criminal do Rio de Janeiro de pagar cinco salários mínimos a uma instituição de caridade para encerrar a investigação de que teria cometido "ato obsceno" ao mostrar as nádegas para a platéia que o vaiava durante a ópera "Tristão e Isolda", no Teatro Municipal do Rio. O episódio aconteceu no último dia 16.
O caso, agora, será levado ao Ministério Público Estadual, que vai decidir se oferecerá denúncia (acusação formal) contra o diretor teatral.
Thomas recusou a oferta porque considera que não cometeu crime nenhum. "O teatro era meu, a obra era minha. Eu sou um artista e não posso ser censurado em um país onde não há ditadura. Não é normal condenar um artista pelo que ele faz no palco. Para mim, é a castração da liberdade de expressão", disse.
Apesar de ter recusado a pena proposta, Thomas afirmou que "lamenta profundamente o que ocorreu" e que pediu desculpas publicamente pelo que fez.
Em depoimento ao juiz Antônio Carlos Amado, do 2º Juizado Especial Criminal, Thomas disse que fizeram "hipocrisia" sobre o seu gesto ao torná-lo caso de polícia. Antes de seu relato à Justiça, Thomas teve que comparecer à delegacia do centro do Rio para prestar esclarecimentos.
"Se a nudez no palco é um ato criminoso, todas as peças de teatro e as novelas deveriam ser suspensas e 90 mil pessoas condenadas."
Thomas afirmou ainda que, se aceitasse a pena, poderia abrir um "precedente perigoso" para outros artistas. "Todos passariam a se sentir intimidados de fazer qualquer coisa", disse o diretor.
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Alice Braga produzirá nova série brasileira original da Netflix
- Sem renovar contrato, Fox retira canais da operadora Sky
- Filósofo e crítico literário Tzvetan Todorov morre, aos 77, em Paris
- Quadrinhos
- 'A Richard's estava perdendo sua cara', diz Ricardo Ferreira, de volta à marca
+ Comentadas
- Além de Gaga, Rock in Rio confirma Ivete, Fergie e 5 Seconds of Summer
- Retrospectiva celebra os cem anos da mostra mais radical de Anita Malfatti
+ EnviadasÍndice