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09/09/2003
-
03h45
da Folha de S.Paulo
O grupo de Chrissie Hynde não só desembarca neste mês para shows no Brasil como terá lançados no país dois atraentes "produtos Pretenders". A banda traz na mala um álbum de inéditas, "Loose Screw", e um DVD ao vivo, "Pretenders Loose in LA".
O DVD, de um show de fevereiro deste ano em Los Angeles, traz os grandes hits do grupo. Leia a entrevista.
Folha - Você tem em casa mais guitarras ou animais domésticos?
Chrissie Hynde - Acho que igual. Passam de dez. As guitarras e os bichos.
Folha - O que você lembra dos dois shows no Brasil em 88?
Hynde - Lembro que fiquei com muita raiva no show do Rio. O festival foi vendido para uma televisão e eu recordo ter perdido a cabeça quando vi mais câmeras na minha frente do que pessoas. Estava realmente furiosa. Cheguei a ameaçar sair do palco e aí eles se afastaram. No final, foi um dos shows mais quentes do Pretenders naquela turnê.
Folha - O mais recente álbum do Pretenders, "Loose Crew", está sendo lançado no Brasil. Como você descreveria o CD?
Hynde - Esse disco saiu bastante influenciado por reggae. Tem groove. Ele é o mais "dance" dos discos dos Pretenders, eu acho.
Folha - Como vai ser o show no Brasil?
Hynde - Acho que os shows daí terão uma cara diferente dos demais shows da turnê. Quase nunca tocamos no Brasil, então acho que o público quer mais um show com as músicas conhecidas do que uma apresentação cheia de canções novas. Será menos reggae e mais rock tipo "greatest hits".
Folha - Você pretende tocar aqui "Complicada", a canção em espanhol do disco novo? A música é bonita, mas fica engraçado saber que é do Pretenders, quando entra o vocal em espanhol...
Hynde - Não. Eu só decorei a letra em espanhol para a hora de gravá-la. Foi uma homenagem aos nossos fãs latinos da América, que são muitos. Mas não falo uma palavra em espanhol. Se eu cantá-la no Brasil, vai ser em inglês.
Folha - Qual a diferença, para você, em tocar rock no cenário de hoje, ter tocado durante os 90 e quando o Pretenders surgiu, nos 80?
Hynde - Acho que hoje está melhor. Existe um monte de bandas com base em guitarras surgindo, então a cena roqueira parece estar mudando para melhor. Nos 80 não sabíamos para onde a música caminhava. Nos 90, a MTV estragou muito porque todos só pensavam em fazer clipes. Agora a preocupação maior das bandas é pegar a estrada e fazer shows.
Folha - Como estão suas atividades no Peta?
Hynde - Vai tudo bem. Nós terminamos recentemente uma série de manifestações pesadas contra a rede KFC [antiga Kentucky Fried Chicken] em Paris e nos EUA. Está dando resultados, parece. As galinhas são os animais mais maltratados do mundo. Você não acreditaria em como eles são cruelmente levados à morte por essas lanchonetes.
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O grupo de Chrissie Hynde não só desembarca neste mês para shows no Brasil como terá lançados no país dois atraentes "produtos Pretenders". A banda traz na mala um álbum de inéditas, "Loose Screw", e um DVD ao vivo, "Pretenders Loose in LA".
O DVD, de um show de fevereiro deste ano em Los Angeles, traz os grandes hits do grupo. Leia a entrevista.
Folha - Você tem em casa mais guitarras ou animais domésticos?
Chrissie Hynde - Acho que igual. Passam de dez. As guitarras e os bichos.
Folha - O que você lembra dos dois shows no Brasil em 88?
Hynde - Lembro que fiquei com muita raiva no show do Rio. O festival foi vendido para uma televisão e eu recordo ter perdido a cabeça quando vi mais câmeras na minha frente do que pessoas. Estava realmente furiosa. Cheguei a ameaçar sair do palco e aí eles se afastaram. No final, foi um dos shows mais quentes do Pretenders naquela turnê.
Folha - O mais recente álbum do Pretenders, "Loose Crew", está sendo lançado no Brasil. Como você descreveria o CD?
Hynde - Esse disco saiu bastante influenciado por reggae. Tem groove. Ele é o mais "dance" dos discos dos Pretenders, eu acho.
Folha - Como vai ser o show no Brasil?
Hynde - Acho que os shows daí terão uma cara diferente dos demais shows da turnê. Quase nunca tocamos no Brasil, então acho que o público quer mais um show com as músicas conhecidas do que uma apresentação cheia de canções novas. Será menos reggae e mais rock tipo "greatest hits".
Folha - Você pretende tocar aqui "Complicada", a canção em espanhol do disco novo? A música é bonita, mas fica engraçado saber que é do Pretenders, quando entra o vocal em espanhol...
Hynde - Não. Eu só decorei a letra em espanhol para a hora de gravá-la. Foi uma homenagem aos nossos fãs latinos da América, que são muitos. Mas não falo uma palavra em espanhol. Se eu cantá-la no Brasil, vai ser em inglês.
Folha - Qual a diferença, para você, em tocar rock no cenário de hoje, ter tocado durante os 90 e quando o Pretenders surgiu, nos 80?
Hynde - Acho que hoje está melhor. Existe um monte de bandas com base em guitarras surgindo, então a cena roqueira parece estar mudando para melhor. Nos 80 não sabíamos para onde a música caminhava. Nos 90, a MTV estragou muito porque todos só pensavam em fazer clipes. Agora a preocupação maior das bandas é pegar a estrada e fazer shows.
Folha - Como estão suas atividades no Peta?
Hynde - Vai tudo bem. Nós terminamos recentemente uma série de manifestações pesadas contra a rede KFC [antiga Kentucky Fried Chicken] em Paris e nos EUA. Está dando resultados, parece. As galinhas são os animais mais maltratados do mundo. Você não acreditaria em como eles são cruelmente levados à morte por essas lanchonetes.
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