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12/09/2003
-
07h32
THIAGO NEY
da Folha de S.Paulo
De produtora de programas infantis a cantora porno-rock. De censura livre a somente para adultos. Isto é Merrill Nisker, 35, a Peaches, que destilará seu electro sexy-feminista no Tim Festival, no Rio de Janeiro.
A ultradebochada canadense tem seu nome escalado para o terceiro e último dia do festival, que acontece entre 30 de outubro e 1º de novembro, no MAM carioca. (A programação completa sai na próxima segunda-feira.)
Peaches chega quase simultaneamente ao seu segundo álbum, "Fatherfucker", que estará nas lojas do Brasil em outubro. "Nem é tanto sobre sexo. É mais sobre sexismo", diz sobre o CD. Ela falou à Folha, de Berlim, cidade na qual está radicada desde 2000.
Sexy ou anti-sexista, o fato é que o electro de Peaches embala e anima tanto pistas de dança eletronicamente descompromissadas a casas de shows ensurdecidas por guitarras. Esse encontro está em "Fatherfucker", principalmente na faixa "Kick It", com vocais de Iggy Pop.
"Iggy foi me ver tocar e depois me ligou, dizendo que queria cantar em uma música minha. Ele disse que era para o álbum dele, mas falei que só aceitaria se fosse para entrar no meu disco."
E brinca com Joan Jett, ícone do rock feminino, na faixa de abertura, "I Don't Give a...", em que altera o histórico verso original da canção. Jett cantava: "I don't give a damn about my bad reputation" ("eu não ligo a mínima para a minha má reputação"). Peaches canta: "I don't give a fuck about my bad reputation" (eu não ligo porra nenhuma para a minha má reputação). "Queria atualizar a canção e poder gritá-la nos shows."
Peaches apareceu ao mundo --e chocou alguns-- em 2000, com seu álbum de estréia, "The Teaches of Peaches", de temática disco-trash e os hits "Fuck the Pain Away" e "Set It Off".
Programa infantil
Difícil acreditar que essa mesma Peaches, há cerca de dez anos, produzia um programa para crianças de três a seis anos numa emissora de TV do Canadá. "Realmente não gostava de como eram feitos os programas infantis. Nosso objetivo era explorar a imaginação das crianças."
A mudança para Berlim mudou a vida de Peaches. Virou (anti)musa e porta-voz feminina do electro. "Não sou feminista. Acham estranhas as minhas atitudes porque sou mulher."
Peaches quer provocar com seu electro anti-sexista
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da Folha de S.Paulo
De produtora de programas infantis a cantora porno-rock. De censura livre a somente para adultos. Isto é Merrill Nisker, 35, a Peaches, que destilará seu electro sexy-feminista no Tim Festival, no Rio de Janeiro.
A ultradebochada canadense tem seu nome escalado para o terceiro e último dia do festival, que acontece entre 30 de outubro e 1º de novembro, no MAM carioca. (A programação completa sai na próxima segunda-feira.)
Peaches chega quase simultaneamente ao seu segundo álbum, "Fatherfucker", que estará nas lojas do Brasil em outubro. "Nem é tanto sobre sexo. É mais sobre sexismo", diz sobre o CD. Ela falou à Folha, de Berlim, cidade na qual está radicada desde 2000.
Sexy ou anti-sexista, o fato é que o electro de Peaches embala e anima tanto pistas de dança eletronicamente descompromissadas a casas de shows ensurdecidas por guitarras. Esse encontro está em "Fatherfucker", principalmente na faixa "Kick It", com vocais de Iggy Pop.
"Iggy foi me ver tocar e depois me ligou, dizendo que queria cantar em uma música minha. Ele disse que era para o álbum dele, mas falei que só aceitaria se fosse para entrar no meu disco."
E brinca com Joan Jett, ícone do rock feminino, na faixa de abertura, "I Don't Give a...", em que altera o histórico verso original da canção. Jett cantava: "I don't give a damn about my bad reputation" ("eu não ligo a mínima para a minha má reputação"). Peaches canta: "I don't give a fuck about my bad reputation" (eu não ligo porra nenhuma para a minha má reputação). "Queria atualizar a canção e poder gritá-la nos shows."
Peaches apareceu ao mundo --e chocou alguns-- em 2000, com seu álbum de estréia, "The Teaches of Peaches", de temática disco-trash e os hits "Fuck the Pain Away" e "Set It Off".
Programa infantil
Difícil acreditar que essa mesma Peaches, há cerca de dez anos, produzia um programa para crianças de três a seis anos numa emissora de TV do Canadá. "Realmente não gostava de como eram feitos os programas infantis. Nosso objetivo era explorar a imaginação das crianças."
A mudança para Berlim mudou a vida de Peaches. Virou (anti)musa e porta-voz feminina do electro. "Não sou feminista. Acham estranhas as minhas atitudes porque sou mulher."
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