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25/09/2003 - 09h57

"Últimos Segundos" disseca morte de Senna

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MÁRVIO DOS ANJOS
da Folha de S.Paulo

A série "Últimos Segundos", do canal National Geographic, se propõe a explicar que, embora acidentes aconteçam, muitas vezes eles têm causas evitáveis ou minimamente detectáveis.

Para a série, foram escolhidos vários temas, sendo um deles bastante familiar aos brasileiros: a tragédia que matou o piloto Ayrton Senna, durante o GP de San Marino, em 1994.

Com base na caixa-preta do carro de Senna, uma série de análises computadorizadas é exibida ao telespectador, dando ênfase aos momentos que antecedem a sétima volta do GP. Está tudo ali: a curva Tamburello, as imagens da TV, o impacto --o estupor.

Para aqueles que assistiram ao trágico fim do mais brilhante piloto brasileiro naquele 1º de maio, o programa é esclarecedor, ao mesmo tempo em que deixa um gosto de injustiça.

Da maneira como a tragédia é dissecada, percebe-se que Senna perdeu a vida devido a uma série de fatalidades, na qual até a passagem de um safety-car --carro que interrompe a prova após um acidente-- teria papel fundamental. Num esporte arriscado como a Fórmula 1, a existência do componente azar é atemorizante.

Ao mesmo tempo, a conclusão de que, após a morte de Senna, o perigoso circo da F-1 teria se tornado mais seguro --pelo medo que as escuderias passaram a ter de responsabilidades criminais-- não deixa de ser revoltante.

Durante muito tempo, cogitou-se a hipótese de uma falha mecânica no carro do brasileiro, o que responsabilizaria a escuderia Williams. No primeiro julgamento, o dono da equipe, Frank Williams, o diretor-técnico Patrick Head e ex-projetista Adrian Newey foram absolvidos. No início deste ano, o caso foi reaberto e até agora não há novidades.

O programa é curto --30 min.-- e segue narrativa de filme de suspense; ao confrontar as teorias suscitadas após o acidente, leva o telespectador a linhas de raciocínio errôneas, até chegar ao seu desfecho algo inesperado. Resta aceitar --ou não.

ÚLTIMOS SEGUNDOS - A MORTE DE AYRTON SENNA
Quando:
hoje (2h) e amanhã (6h e 12h), no National Geographic
 

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