Fotógrafa mineira lança livro sobre Timor Leste em Lisboa

A esperança do povo timorense em alcançar a liberdade é a mensagem que a fotógrafa mineira Regina Santos transmite no seu livro "Timor Lorosae", lançado hoje em Lisboa.

O lançamento do livro, no Centro Cultural de Belém, teve o apoio do Instituto de Camões, da UnB (Universidade de Brasília) e da Imprensa Oficial do Estado de São Paulo.

"Timor Lorosa", da editora UnB, será lançado no mês de julho em Brasília, São Paulo e Rio de Janeiro. No dia 10 de agosto deve ser lançado em Dili, capital do Timor Leste.estando ainda prevista a sua divulgação na Bienal da Alemanha, que se realiza em outubro.

Nas 120 páginas do livro, a autora mostra, através de 85 fotografias, o sofrimento do povo timorense após o referendo de 1999, a sua vontade de reconstruir o país e a esperança de vencer.

Segundo Regina Santos, o livro retrata o povo, a guerrilha, a religião, a destruição, a morte, as forças de paz da ONU, a reconstrução do território e as crianças de Timor.

A fotógrafa disse à Agência Lusa que as crianças são muito importantes para o futuro e para a reconstrução de qualquer país, por isso a capa do livro retrata uma criança, com um caderno e um lápis.

O livro tem três textos de apresentação, sendo um de Xanana Gusmão, outro de Doris Santos de Faris, decano da Universidade de Brasília, e o terceiro de Luís Filipe de Tomás, professor da Universidade Nova de Lisboa, que conta a história de Timor.

Escrito em português, tétum e inglês, "Timor Lorasae" é o resultado de um trabalho feito nos meses de setembro e outubro do ano passado, quando a fotógrafa percorreu 37 distritos de Timor Leste.

"Uma experiência ótima" e um "povo maravilhoso e adorável", foi como a fotógrafa classificou os dois meses em que conviveu com os timorenses. A idéia de editar um livro sobre o Timor Leste, segundo ela, surgiu após uma visita de Xanana Gusmão a Brasília, em abril de 2000.

Regina Santos explicou que, devido ao afastamento do Brasil dos outros países de língua portuguesa, os brasileiros não percebem totalmente importância da causa timorense e apenas conhecem as notícias trágicas de Timor. Por isso, para ela, o livro deve ser de grande ajuda na divulgação desse território.

Ela já publicou um livro sobre os índios brasileiros caiapós e participou em outros dois sobre os meninos de rua do Rio de Janeiro e de Brasília.

A fotógrafa se prepara agora para publicar um livro sobre os sete países de língua portuguesa e vai iniciar este trabalho em Angola e Moçambique, em agosto.

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