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06/10/2003
-
15h44
JUAN CARLOS TELLECHEA
da France Presse, em Berlim
Peças de artistas contemporâneos brasileiros que vivem e trabalham há anos na Alemanha estão sendo expostas em mostra inaugurada em Berlim sob o título "Dez artistas entre dois países".
A exibição, inaugurada no último dia 2 e que vai até o dia 24 de outubro na sede da embaixada brasileira na capital alemã inclui pinturas, instalações, esculturas, fotografias e um vídeo.
"Luftwurzel" ("Raiz aérea") é o nome do vídeo da cearense Luzia Simons, ponto de partida da exposição, na qual a artista formada na Universidade da Sorbonne evoca sua vida no Brasil, França e Alemanha.
"É esta a observação desta viagem, deste roteiro, sempre sem raízes, tentando criar sem perder o ânimo, sem perder a integridade e a força da identidade", disse Luzia, nascida em Quixadá, perto de Fortaleza.
Pinturas de Cristina Barroso, Isabelle Borges, Cristina Canale, Gustavo da Liña e José de Quadros, instalações de Carla Guagliardi e Alex Flemming, fotografias de Alberto Simon, Nino Rezende e também de Luzia Simons integram a mostra.
Pêndulos e mapas
Os originais pêndulos de gelo de Carla brotam das árvores que cercam a sala de exposições da embaixada e são fruto de uma nova concepção poética da escultura, desenvolvida pela artista carioca, nascida em 1956.
Cristina usa frequentemente mapas como suporte de sua pintura. Em "Dotted decades", a obra apresentada nesta exposição, a artista paulista evoca a cidade tal como a conheceu seu avô, há várias décadas.
Gaúcho de Santana do Livramento, na fronteira com o Uruguai, Gustavo da Liña faz pintura em acrílico sobre Antaimoro, papel feito de arroz originário de Madagascar, e tenta abrir as fronteiras entre seus dois mundos.
Da vida contemporânea, o paulista Alex Flemming pega algumas de suas relíquias para criar composições como "Dangerous Liaisons" ou "Altar privado", onde mistura figuras religiosas, com traços de artesanato popular brasileiro e peças de desenho.
As impactantes fotografias de Simons (catálogo Hatje Cantz/Stuttgart) mostram de forma fragmentada sua autobiografia, sempre "tentando utilizar os tempos, as modas, os desenhos passados" no relato e na reestruturação das experiências vividas.
Arte contemporânea brasileira é tema de exposição em Berlim
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da France Presse, em Berlim
Peças de artistas contemporâneos brasileiros que vivem e trabalham há anos na Alemanha estão sendo expostas em mostra inaugurada em Berlim sob o título "Dez artistas entre dois países".
A exibição, inaugurada no último dia 2 e que vai até o dia 24 de outubro na sede da embaixada brasileira na capital alemã inclui pinturas, instalações, esculturas, fotografias e um vídeo.
"Luftwurzel" ("Raiz aérea") é o nome do vídeo da cearense Luzia Simons, ponto de partida da exposição, na qual a artista formada na Universidade da Sorbonne evoca sua vida no Brasil, França e Alemanha.
"É esta a observação desta viagem, deste roteiro, sempre sem raízes, tentando criar sem perder o ânimo, sem perder a integridade e a força da identidade", disse Luzia, nascida em Quixadá, perto de Fortaleza.
Pinturas de Cristina Barroso, Isabelle Borges, Cristina Canale, Gustavo da Liña e José de Quadros, instalações de Carla Guagliardi e Alex Flemming, fotografias de Alberto Simon, Nino Rezende e também de Luzia Simons integram a mostra.
Pêndulos e mapas
Os originais pêndulos de gelo de Carla brotam das árvores que cercam a sala de exposições da embaixada e são fruto de uma nova concepção poética da escultura, desenvolvida pela artista carioca, nascida em 1956.
Cristina usa frequentemente mapas como suporte de sua pintura. Em "Dotted decades", a obra apresentada nesta exposição, a artista paulista evoca a cidade tal como a conheceu seu avô, há várias décadas.
Gaúcho de Santana do Livramento, na fronteira com o Uruguai, Gustavo da Liña faz pintura em acrílico sobre Antaimoro, papel feito de arroz originário de Madagascar, e tenta abrir as fronteiras entre seus dois mundos.
Da vida contemporânea, o paulista Alex Flemming pega algumas de suas relíquias para criar composições como "Dangerous Liaisons" ou "Altar privado", onde mistura figuras religiosas, com traços de artesanato popular brasileiro e peças de desenho.
As impactantes fotografias de Simons (catálogo Hatje Cantz/Stuttgart) mostram de forma fragmentada sua autobiografia, sempre "tentando utilizar os tempos, as modas, os desenhos passados" no relato e na reestruturação das experiências vividas.
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