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16/10/2003 - 05h32

Primavera dos Livros no Rio extrapola o comércio

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ROGÉRIO EDUARDO ALVES
da Folha de S.Paulo

A terceira edição carioca da Primavera dos Livros abre suas portas hoje para profissionais do mercado editorial e, de amanhã a domingo, para o público, exercendo uma função que extrapola a venda de "livros de conteúdo". Armados no Armazém do Rio, região do Cais do Porto, os 65 estandes das pequenas e médias editoras que participam do evento influem indiretamente na reurbanização do centro da cidade.

"Ocupando esse tipo de local no centro do Rio, mais acessível aos moradores da zona norte, atendemos a uma região com um grande déficit de desenvolvimento cultural", diz Angel Bojadsen, 47, diretor editorial da Estação Liberdade e presidente da Libre (Liga Brasileiras das Editoras), responsável pela organização da Primavera dos Livros, cuja edição paulista aconteceu no mês passado.

Cultivando principalmente a qualidade do "conteúdo dos livros", como gosta de destacar Bojadsen, os estandes armados no Rio possuem todos os mesmos tamanhos, independentemente do tempo de existência da editora.

Nesse universo reduzido e "democrático", preza-se pela aproximação pessoal entre editores e leitores, movimento que muitas vezes acaba resultando em contatos profissionais importantes.

"A presença dos editores nos estandes é obrigatória. Além da conversa direta com os visitantes, na feira conseguimos bons contatos com novos fornecedores. Algumas pessoas aproveitam até para apresentar seus originais", diz Bojadsen.

Além da disponibilidade dos itens dos catálogos, outro atrativo comercial para o público são os descontos, que variam entre 20% e 40% em todos os títulos. "Optamos pelos descontos como uma forma de repassar o subsídio que recebemos da secretaria da Cultura, no Rio", afirma Bojadsen.

Complementando a ação de resistência e sobrevivência desses pequenos e médios editores, mesas-redondas fazem as idéias circularem fora das páginas dos livros. Com uma programação maior e mais variada que a de São Paulo, o destaque fica com a "Prosa Plugada", no sábado, a partir das 17h. Nesse evento, que terá show e a participação de DJs, serão debatidos e lidos trechos de obras de novos autores e lançado o site Paralelos.org, dedicado à literatura contemporânea.

A primeira edição da Primavera dos Livros aconteceu em 2001, no Rio. Desde então, foi criada uma versão do evento em São Paulo, em 2002, visitada por cerca de 8.000 pessoas, que, com os cerca de 10 mil visitantes do Rio, compraram, em média, 15 mil exemplares, garantindo um faturamento de cerca de R$ 230 mil.

Criada para organizar a Primavera dos Livros, a Libre vem desenvolvendo a redação de algumas normas para que mais editoras possam filiar-se à entidade e, dessa forma, participar das edições futuras da feira.

Até esta edição de 2003, os participantes da Primavera dos Livros são seus membros fundadores. A partir de 2004, novos participantes poderão armar seus estandes.

"A Libre é uma entidade que congrega os interesses dessas pequenas e médias editoras. Muitas delas que não se sentem representadas pelo Snel [Sindicato Nacional dos Editores de Livros] ou pela CBL [Câmara Brasileira de Livros]", diz Bojadsen.

PRIMAVERA DOS LIVROS
Quando:
abertura hoje, para profissionais do mercado editorial, e de amanhã a domingo, das 10h às 21h
Onde: Armazém do Rio (av. Rodrigues Alves s/ nº, Antigo Armazém número 5, Cais do Porto)
Quanto: R$ 2
Na internet: www.primaveradoslivros.com.br
 

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