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17/10/2003 - 07h58

"Elefante" é simples na abordagem e sofisticado na forma

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PEDRO BUTCHER
crítico da Folha

Com o álibi da ficção, "Elefante" (Palma de Ouro e prêmio de melhor direção no último Festival de Cannes) recria o massacre de Columbine, um dos episódios mais traumáticos da história recente dos EUA.

No dia 20 de abril de 1999, dois adolescentes invadiram, armados, a escola em que estudavam, matando e ferindo dezenas de pessoas. Gus van Sant ("Drugstore Cowboy", "Garotos de Programa") imagina como teria sido esse dia.

Sem fazer referências explícitas a Columbine, na verdade o mais famoso entre vários episódios semelhantes da violência juvenil americana, Van Sant transferiu a ação para Portland, cidade-cenário da maior parte de seus filmes.
Assim, sentiu-se mais à vontade para tocar na mesma ferida de outro sucesso recente, o documentário "Tiros em Columbine", de Michael Moore.

Mas "Elefante" é o oposto do filme de Moore. Enquanto o documentarista estava preocupado em buscar explicações para o massacre, Van Sant faz um estudo despojado de observação.

E ao contrário do escandaloso Larry Clark (diretor de "Kids" e "Ken Park"), que transforma sua obsessão pelos adolescentes americanos em puro escândalo e fetiche, Van Sant faz de seu olhar uma forma de expressão poética.

Simples na abordagem, sofisticadíssimo na forma, "Elefante" é seu melhor filme até agora.

ELEFANTE: dia 17, às 23h10, Unibanco Arteplex 1; dia 18, às 14h30, Cinearte 1; dia 19, às 19h, Villa-Lobos 2; e dia 24, às 21h30, Cine Morumbi 3

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