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17/10/2003 - 08h01

"As Invasões Bárbaras" remete à ambiguidade moral vigente

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CHRISTIAN PETERMANN
do Guia da Folha

"As Invasões Bárbaras", do canadense Denys Arcand, é a continuação de "O Declínio do Império Americano" (86). Nos 17 anos que separam as obras, o sistema sociopolítico do mundo tornou-se mais complexo, e Arcand amadureceu sensivelmente como cineasta.

Duplamente premiado no Festival de Cannes deste ano (atriz, para Marie-Josée Croze, e roteiro, do próprio Arcand), este é um trabalho de lucidez ímpar. Em 1986, a estrutura global, pré-fim do comunismo, era dual e transparente, refletida na narrativa teatral e esquemática de "O Declínio".

Agora, com o declínio do socialismo voluptuoso e a vitória do capitalismo predador, como apontado por um dos personagens, a ciranda ideológica se torna coadjuvante no jogo pela sobrevivência.

A partir da doença terminal de Rémy (Rémy Girard), que, entre outras coisas, revela a falência do sistema hospitalar no Canadá, os personagens se reencontram como testemunhos da história.

Arcand remete à ambiguidade moral vigente e às invasões fundamentalistas pós-11 de Setembro, mas com saudável bom humor. Ao mesmo tempo, o filme termina em irresistível tom emocional, o que promove poderosa catarse no espectador.

AS INVASÕES BÁRBARAS: dia 17, às 22h, Cine Morumbi 3; dia 19, às 16h, Espaço Unibanco 1; dia 21, às 21h30, Metrô Santa Cruz 9; e dia 23, às 22h30, Espaço Unibanco 1

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