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17/10/2003
-
08h07
CHRISTIAN PETERMANN
do Guia da Folha
São três os motivos que fazem de "Dogville" um dos melhores e mais importantes filmes lançados nesta década.
O primeiro deles é que a obra reinventa a carreira do cineasta dinamarquês Lars von Trier, longe da camisa de força do movimento Dogma 95, do oportunismo hipócrita de "Os Idiotas" e dos excessos melodramáticos de "Dançando no Escuro".
Von Trier recupera aqui a posição de criador de ponta no cinema atual.
O segundo é que "Dogville" é uma oportuna parábola antiamericana, que versa sobre a natureza solidária do seu povo em relação ao forasteiro, mas que dá lugar à histeria punitiva quando neste se vê uma ameaça.
O estrangeiro, no caso, é Grace (Nicole Kidman, em atuação contida e preciosa), que chega à cidade-título em plena depressão econômica dos anos 30 para revolucionar a pequena comunidade.
E há ainda o conceito estético, que remete ao formalismo de um teleteatro e recupera no espectador o poder da imaginação.
A câmera solta de Von Trier e a fabulosa narração em "off" do ator John Hurt suprem a falta de um cenário realista. A cidade é sugerida por marcas no chão e poucos elementos de cena.
Mas vê-se e ouve-se o necessário para embarcar na fantasia político-visual. Von Trier arrebata com o menos que definitivamente é mais.
DOGVILLE: dia 30, às 21h, Unibanco Arteplex 1 e Unibanco Arteplex 2
Especial
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Com "Dogville", Von Trier recupera posição de criador de ponta
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do Guia da Folha
São três os motivos que fazem de "Dogville" um dos melhores e mais importantes filmes lançados nesta década.
O primeiro deles é que a obra reinventa a carreira do cineasta dinamarquês Lars von Trier, longe da camisa de força do movimento Dogma 95, do oportunismo hipócrita de "Os Idiotas" e dos excessos melodramáticos de "Dançando no Escuro".
Von Trier recupera aqui a posição de criador de ponta no cinema atual.
O segundo é que "Dogville" é uma oportuna parábola antiamericana, que versa sobre a natureza solidária do seu povo em relação ao forasteiro, mas que dá lugar à histeria punitiva quando neste se vê uma ameaça.
O estrangeiro, no caso, é Grace (Nicole Kidman, em atuação contida e preciosa), que chega à cidade-título em plena depressão econômica dos anos 30 para revolucionar a pequena comunidade.
E há ainda o conceito estético, que remete ao formalismo de um teleteatro e recupera no espectador o poder da imaginação.
A câmera solta de Von Trier e a fabulosa narração em "off" do ator John Hurt suprem a falta de um cenário realista. A cidade é sugerida por marcas no chão e poucos elementos de cena.
Mas vê-se e ouve-se o necessário para embarcar na fantasia político-visual. Von Trier arrebata com o menos que definitivamente é mais.
DOGVILLE: dia 30, às 21h, Unibanco Arteplex 1 e Unibanco Arteplex 2
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