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17/10/2003 - 08h30

"Ouro Carmim" substitui viés moralista por análise social

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SÉRGIO RIZZO
do Guia da Folha

Uma panela de pressão psicológica explode logo na abertura de "Ouro Carmim". Durante um assalto a uma joalheria, ocorrem duas mortes. Feito o estrago, retrocedemos no tempo na tentativa de conhecer os personagens e entender como chegaram ali. Não há respostas conclusivas, mas a sugestão de que a desigualdade social também semeia seus frutos no Irã.

O condutor da narrativa é um entregador de pizzas (Hossain Emadeddin), que serviu no Exército iraniano.

Os indícios apontam para uma experiência traumática: seu comportamento taciturno lembra o personagem atormentado de Robert de Niro, veterano do Vietnã, em "Taxi Driver" (76).

Aqui, no entanto, o viés moralista é substituído pela análise social, bem ao gosto do diretor Jafar Panahi ("O Círculo").

O roteiro, escrito pelo cineasta Abbas Kiarostami ("Gosto de Cereja", "Dez"), acompanha o protagonista em algumas entregas por bairros burgueses de Teerã.

Enquanto conhece ambientes luxuosos muito distantes da sua realidade, pensa em como obter dinheiro para comprar um anel e outras bijuterias para a noiva (Azita Rayeji). Nas horas vagas, ele tem às vezes a companhia do futuro cunhado, um falastrão (Pourang Nakhael). Cabe a ele o papel de "backing vocal" dessa balada trágica.

OURO CARMIM: dia 27, às 20h20, Sala UOL; dia 28, às 20h25, Espaço Unibanco 1; dia 29, às 21h30, Villa-Lobos 2; e dia 30, às 19h, Cine Morumbi 3

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