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17/10/2003
-
09h00
JOSÉ GERALDO COUTO
colunista da Folha
Em "O Signo do Caos", Rogério Sganzerla revisita de forma concentrada o tema que se tornou sua obsessão nas últimas duas décadas: a passagem de Orson Welles pelo Brasil em 1942, para filmar o documentário "It's All True".
A primeira parte do filme, rodada num preto-e-branco de inspiração expressionista, passa-se no cais da alfândega do Rio, onde acabam de chegar as latas contendo as imagens rodadas por Welles no país.
Liderados por um chefete do Departamento de Imprensa e Propaganda do Estado Novo, o dr. Amnésio (Otavio Terceiro), agentes da alfândega e da polícia julgam e condenam a obra. Na discussão, repleta de clichês reveladores da truculência e da boçalidade reinantes no país, fica patente o caráter subversivo daquela película, em que o Brasil é mostrado de modo implacavelmente original.
Numa narrativa em espiral, com repetições rítmicas de diálogos e planos, Sganzerla reafirma seu domínio da montagem e do enquadramento.
A segunda parte, rodada em cores e sensivelmente inferior, encena basicamente uma celebração da vitória da farisaica elite sobre Welles. Uma festa que Sganzerla sofre na pele como se fosse uma execução sumária.
O SIGNO DO CAOS: dia 19, às 22h10, Cineclube DirecTV 1; dia 24, às 13h, Cineclube DirecTV 3; e dia 26, às 17h10, Cinemateca
Especial
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Rogério Sganzerla revê o mito Orson Welles
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colunista da Folha
Em "O Signo do Caos", Rogério Sganzerla revisita de forma concentrada o tema que se tornou sua obsessão nas últimas duas décadas: a passagem de Orson Welles pelo Brasil em 1942, para filmar o documentário "It's All True".
A primeira parte do filme, rodada num preto-e-branco de inspiração expressionista, passa-se no cais da alfândega do Rio, onde acabam de chegar as latas contendo as imagens rodadas por Welles no país.
Liderados por um chefete do Departamento de Imprensa e Propaganda do Estado Novo, o dr. Amnésio (Otavio Terceiro), agentes da alfândega e da polícia julgam e condenam a obra. Na discussão, repleta de clichês reveladores da truculência e da boçalidade reinantes no país, fica patente o caráter subversivo daquela película, em que o Brasil é mostrado de modo implacavelmente original.
Numa narrativa em espiral, com repetições rítmicas de diálogos e planos, Sganzerla reafirma seu domínio da montagem e do enquadramento.
A segunda parte, rodada em cores e sensivelmente inferior, encena basicamente uma celebração da vitória da farisaica elite sobre Welles. Uma festa que Sganzerla sofre na pele como se fosse uma execução sumária.
O SIGNO DO CAOS: dia 19, às 22h10, Cineclube DirecTV 1; dia 24, às 13h, Cineclube DirecTV 3; e dia 26, às 17h10, Cinemateca
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